terça-feira, 21 de julho de 2009

Pobre de espírito


"Bem-aventurados os pobres de espírito", Mateus.5.3

Tomemos o cuidado de não apresentar o Senhor primeiro como Mestre.
Se Jesus Cristo é apenas Mestre, a única coisa que ele pode fazer é atormentar-me com um padrão ao qual não posso corresponder.
De que adianta apresentar-me um ideal que jamais conseguirei alcançar?
Seria mais feliz sem conhecê-lo.
De que adianta dizer-me que devo fazer o que nunca conseguirei perpetuar — ser puro de coração, fazer mais do que o meu dever, ser consagrado a Deus de forma perfeita?

Preciso conhecer Jesus Cristo como meu Salvador para que seus ensinamentos representem para mim mais do que um mero ideal que tende a levar-me ao desespero.

Depois de nascer de novo, do Espírito de Deus, perceberei que Jesus Cristo não veio apenas para ensinar; veio para fazer de mim aquilo que ele ensina que devo ser.

A redenção significa que Jesus Cristo pode colocar em qualquer pessoa a mesma disposição que governou a sua própria vida e todos os padrões estabelecidos por Deus se baseiam nessa disposição que torna a obediência simples e concisa.

Os ensinamentos do Sermão do Monte levam o homem natural ao desespero — exatamente o que Jesus desejaria que fizesse.
Enquanto abrigamos a noção farisaica e pretensiosa de que podemos cumprir o que Jesus ensinou, Deus nos deixará prosseguir até esbarrarmos nossa ignorância contra algum obstáculo; só então nos pré-disporemos a ir ter com ele como pobres de espírito para recebermos dele tudo que devemos ser.
"Bem-aventurados os pobres de espírito";
esse é o primeiro princípio básico do reino de Deus.

No reino de Jesus Cristo, o essencial é pobreza e não o que possuímos ainda; não decisões e votos de fidelidade a Jesus Cristo, mas um sentido oportuno de absoluta incapacidade sem ele:
"Por mim mesmo, não posso fazer nada".

Ao que Jesus responde: "Bem-aventurado és tu".
Essa é a Porta estreita de entrada no reino.
E levamos tanto tempo para acreditar que somos pobres!
Mas, só o reconhecimento da nossa própria pobreza nos leva ao terreno fértil onde Jesus opera.
Tudo para Ele - Oswald Chambers
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