quarta-feira, 8 de julho de 2009

Muito doido



Extraído de GUIA-ME, Por Juliana Simioni

Nos dias 3, 4 e 5 de julho de 2009, a Comunidade Cristã Vida Plena trouxe a ministração da missionária Sarah Sheeva. O evento foi organizado pelo Núcleo Jovem da CCVP e aberto a toda a igreja e visitantes.

Sarah abordou temas como vida no Espírito, pureza sexual e santidade no altar. Filha primogênita de Baby do Brasil e Pepeu Gomes, foi a primeira em sua casa a converter-se ao Evangelho de Cristo. Cantora, deixou em 2003 o grupo que compartilhava com sua irmãs Nana Shara e Zabelê, o SNZ. Hoje, afirmando ser ainda muito mais "radical", Sarah ministra em igrejas de todo o Brasil e é autora de dois livros: "Defraudação emocional", no qual dá instruções de como escolher a pessoa certa para relacionar-se e evitar um casamento "encalhado", e aponta costumes seculares que têm invadido os relacionamentos na igreja; e "Onde foi que eu errei?", livro que trata o tema criação de filhos.
Abaixo um resumo das mensagens.

Vida na alma e vida no Espírito (03/07/09 - Sexta-feira)

Sarah Sheeva mostrou a diferença entre o "crente de alma" e o "crente de espírito". De acordo com a missionária, o "crente de alma", ou "crente almático", como ela o chama, é aquele que se relaciona com Deus segundo o que ele pensa e quer, as circunstâncias é que determinam o estado de espírito. Já o crente de espírito, relaciona-se com Deus de acordo com o que "sai da boca de Deus", pela palavra de Deus.

Ao ministrar sobre o Espírito Santo, a missionária falou que o cristão deve ir à igreja preparado para "pagar mico pra Jesus" e se "descabelar na unção". Segundo Sarah Sheeva por vergonha e medo de "pagar mico", muitos crentes impedem o agir do Espírito Santo.

Sarah entende que o inimigo tenta trabalhar na alma da pessoa para sugestionar seu querer, mas ele apenas sugestiona, não obrigando ninguém a pecar, a batalha é contra a própria vontade de cada um. Para a missionária, quando a pessoa frustra-se e pede socorro a Deus, Ele a livra dela mesmo.

"Antes do pecado, o ser humano usava 100% do cérebro, e hoje usa apenas 5%", disse Sarah, alertando sobre o cuidado do que pedir em nome de Jesus. Ela citou ainda Romanos 8:26, que diz que por não sabemos orar como convém, Deus nos assiste na fraqueza e o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Em entrevista ao Guia-me, a missionária Sarah Sheeva explicou o que é santidade e como alcançar a santificação:


"Santidade é relacionamento com Deus, Espírito Santo na sua vida. Santificação é um processo, primeiro vem a confissão - tem que ter confissão - depois o arrependimento, que não é remorso, é mudança de atitude. Quando você faz a coisa errada e derrama o seu coração, Ele derrama o Dele. Com a presença santa DEle, aí você é purificado. Santificação é isso, é você ser separado da sujeira, separado do pecado, separado do sistema corrompido e para isso você tem que ser 'muito doido', porque o mundo chama a gente de doido mesmo, o mundo vai te condenar, vai dizer que você é radical, mas eu não sou radical, radical é Jesus. Ou você é frio ou você é quente, é radical. Em João 12 diz que quem odiar a sua vida nesse mundo vai ganhar a vida eterna. Ele é radical, o resto é palhaçada. Se eu for comparar meu jeito, minha vida com Ele, eu sou frouxa. Ele é radical."


Sexo (imoralidade e pureza sexual). O que é ser livre? (04/07/2009 - Sábado)

No segundo dia de ministração, Sarah Sheeva falou sobre pureza sexual, a missionária comenta que hoje o errado é ensinado como certo. "Muitas pessoas acreditam que após uma relação sexual sem nenhum compromisso é só tomar um bom banho e está tudo certo. Teoria do 'lavou tá novo'", brincou.

"A relação sexual é um pacto de sangue, e no mundo espiritual um pacto de sangue é eterno, logo, ela não deve ser praticada antes do casamento", apontou a missionária. Sarah afirmou que casais que mantém relações sexuais antes do casamento, vivem um relacionamento conjugal "frio" quando se casam. Para ilustrar, ela usou a seguinte metáfora: "A pessoa come bolo com sorvete antes do casamento e quando casa come jiló cru. Eu prefiro comer jiló cru por dois anos se for preciso, e bolo com sorvete para o resto da vida". Sarah fazia referência ao fato de estar em abstinência sexual há quase 10 anos.

Na ministração Sarah explicou que cada pessoa tem suas "prisões", as tentações que fazem cair em pecado, como: prostituição, pornografia, drogas e relacionamentos sexuais. A missionária, que sofria de ninfomania (desejo sexual feminino obsessivo e recorrente), enfatiza que o diabo não oferece nada que não seja atraente, "ele oferece uma bandeja cheia das 'prisões' de cada um". "A cada vez que dizemos não ao pecado, mesmo com dificuldade, somos fortalecidos no processo de santificação", confirmou Sarah.

A missionária afirmou que existe uma visão errada do que significa liberdade e apontou que nem mesmo Jesus pôde fazer tudo o que queria."Ser livre não é fazer o que se quer. Ser livre é dizer não para o que te faz mal e sim para o que te faz bem. É aprender a negar a própria vontade e aceitar a vontade de Deus", completou.

Santidade no Altar. Por que o louvor liberta? (05/07/2009 - Domingo)

"O altar tem que ser o coração, onde eu morro para o que eu quero, que na maioria das vezes é ruim, e renasço para o que Deus quer", disse Sarah Sheeva, em sua terceira ministração na Comunidade Cristã Vida Plena. Ela explanou sobre o tabernáculo e o lugar santíssimo. Segundo a cantora, quando entramos no santíssimo nos deixamos conhecer e somos santificados: "Quando você entra (no lugar santíssimo de intimidade com Deus) você não sabe, mas quando você sai, sabe que entrou".

Sarah perguntou aos presentes quem já tinha vivenciado a experiência de entrar no santíssimo, viver um momento de intimidade profunda e depois tentar explicar a alguém o que sentiu: "Não dá, é impossível viver algo no espírito e relatar com a alma".

A missionária contou a experiência de sua conversão, quando sozinha em seu quarto, ouviu a voz de Deus que a chamou pelo nome. Depois de muito tempo orando e chorando, Sarah contou que sentiu muita dor, seu diafragma havia subido e ela já não respirava direito. "Irmãos, Ele disse desse jeito: 'Vou parar de falar, seu coraçãozinho não está aguentando', mas eu não queria", disse ela. E continuou a explicar que quando se sente a Glória de Deus, você esquece a dor: "O prazer de estar na presença de Deus é muito maior".

Sarah Sheeva também falou sobre pessoas que "comem do mundo e comem do altar", ou seja, pessoas aparentemente convertidas que exercem atividades na igreja, mas praticam atitudes que não condizem com a palavra de Deus. "Não adianta fazer evangelismo se não estamos firmes. Se estivermos em santidade, evangelizamos por nossa conduta. O que você faz fala mais alto", afirmou.

Para a missionária, o altar é a linha de frente da batalha, é aonde o ataque vai primeiro.Ela falou sobre a brecha que uma pessoa abre ao subir ao altar em pecado e a legalidade que isso dá ao diabo. "No momento em que subo no altar, o inferno me conhece de outra forma, fico individualmente marcada, como se fizesse uma placa: Procura-se", acrescentou Sarah.

Aprender a ser sal

Quando saiu da banda SNZ, na qual cantava com as irmãs Nana Shara e Zabelê, Sarah contou que por ter escolhido largar o assédio da mídia, a fama, algumas pessoas disseram que ela seria "ninguém". Chorando, ela respondeu que se fosse para ser "ninguém", seria "ninguém por Jesus". Sarah reiterou que os crentes devem ser como o sal que, misturado à comida, ninguém vê ou elogia: "Mas ele está ali dando sabor, fazendo a diferença".

Por que o louvor liberta?

Sarah Sheeva fala também sobre louvor. Ela contou que teve uma visão sobre a música, que é uma criação de Deus para que o adoremos: "Hoje, a maior parte das músicas não são de adoração ao Senhor. E as músicas mundanas estão contaminando até o povo de Deus". A missionária fala que ao entrar em uma loja de CD's o que deveria acontecer é vermos as seguintes prateleiras: rock gospel, música clássica gospel, reggae gospel, black gospel, e ao fundo da loja, em uma única prateleira, um ou outro CD de música secular. "Mas na realidade é ao contrário", afirmou.



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