segunda-feira, 31 de agosto de 2009

de novo

Perguntas que precisam de respostas - Philip Yancey - Capítulo 1 - A vida com Deus

FAÇA DE NOVO!

Uma de minhas amigas, mulher jovem, sofisticada e polida, deteve–me outro dia com notícias animadoras – pelo menos para ela. Gastou dez minutos recriando em palavras os primeiros passos de seu sobrinho de 1 ano de idade. Ele aprendeu a andar! Tropeçou como um bêbado, agarrou sofá e cadeiras para se firmar, mas aprendeu a andar! As pernas dobravam–se, os pés viravam–se para fora e o corpo inclinava–se, acentuadamente, para a frente.
No momento em que ela falava, fui envolvido pelo relato detalhado. Mais tarde, refletindo sobre nossa conversa no ambiente sóbrio de meu escritório, percebi como pareceria estranho para alguém que escutasse por acaso. Nós dois nos maravilhamos, expressando o maior dos entusiasmos, por uma habilidade dominada pelos aproximadamente dez bilhões de humanos que já habitaram neste planeta. Então, ele sabe andar – todo mundo sabe. Por que tanta animação?
Percebi que a infância é uma época em que temos um luxo raro na vida, a qualidade de ser especial, que quase desaparece durante o resto de nossa existência. Ao crescer, lutamos incessantemente para conseguir atenção. Os adolescentes varam a noite estudando para provas, maltratam o corpo em atividades físicas torturantes, fazem hora extra para comprar roupas de griffe. passam horas na frente do espelha se enfeitando – tudo para serem notados. Na idade adulta as pessoas institucionalizam a busca insana das conquistas. Queremos, desesperadamente, destacar–nos, ser notados. Enquanto isso, uma criancinha só precisa dar uns passos desengonçados cruzando um tapete da sala de estar, e seus pais e suas tias contam vantagem de seu triunfo para rodos os amigos.
Os refletores da atenção especial podem ser acesos de novo quando chega o momento do romance. Para um apaixonado, todo sinal de nascença é bonitinho, os hobbies estranhos reflexo de viva curiosidade, um espirro motivo para atenção redobrada. Voltamos a ser abençoados com a classificação de especiais: por algum tempo, pelo menos, at que o tédio da vida acabe com isso.
O que acontece durante as fases de cuidados atentos na infância e a de namoro arrebatado é um contraste completo com nosso comportamento normal. Ao entrar em um ônibus, ninguém exclama para o motorista:
"Não acredito! Quer dizer que você dirige este ônibus enorme o dia todo, e sozinho? E nunca sofre um acidente? Isso é maravilhoso!"
E nem paramos alguém no supermercado para falar, efusivamente:
"Estou tão orgulhoso de você, que sabe direitinho qual marca de produto escolher! Existem tantas marcas diferentes, e mesmo assim você sabe quais as que quer e coloca todas em seu carrinho e empurra por todo o mercado com tanta segurança! Impressionante!"
Ainda assim, é este espírito, absurdo quando aplicado à rotina da vida, que mostramos para com as crianças e os apaixonados. Para eles, "santificamos" o que é comum e corriqueiro.
Não proponho que façamos papel de tolos todas as vezes em que encontramos um motorista de ônibus ou um consumidor econômico. ´

Mas, pensar sobre o tratamento dispensado às crianças e aos apaixonados trouxe–me apreciação mais profunda de algumas metáforas bíblicas.

Deus escolhe mais vezes "crianças" e "apaixonados" para descrever nosso relacionamento com Ele do que qualquer outra figura.

O Velho Testamento é repleto de imagens de marido–esposa.
Deus corteja Seu povo, é louco por ele, como um apaixonado por sua amada.
Quando O ignoramos, sente–se ferido, rejeitado, como um apaixonado desprezado.
O Novo Testamento também usa a mesma imagem, apresentando a Igreja como "a noiva de Cristo".
Ao alterar a metáfora, também anuncia que somos filhos de Deus, com todos os direitos e privilégios de ilustres herdeiros. Jesus (o Filho "Unigênito" de Deus) veio, ficamos sabendo, para possibilitar nossa adoção como filhos e filhas na família de Deus.

Estude estas passagens bíblicas, e você verá que Deus olha por nós como nós olhamos por nossos próprios filhos, ou pela pessoa a quem amamos.
Por ser infinito, Deus tem uma capacidade que não temos: tratar toda a criação como igualmente especial. G. K. Chesterton fala assim sobre isto:

Um bebê balança as pernas ritmadamente em decorrência do excesso e não da ausência de vida. Em face da sua vitalidade abundante e do seu espírito impetuoso e livre, as criancinhas querem que todas as coisas sejam repetidas e imutáveis. Sempre dizem: "De novo!", e o adulto repele até que não agüenta mais. Isto porque os adultos não são fortes o suficiente para exultar com a monotonia. Mas talvez Deus seja. É possível que, todas as manhãs, Ele diga ao sol: "De novo!", e todas as noites repita as mesmas palavras à lua. Talvez não seja uma necessidade automática que torne todas as margaridas iguais, pode ser que Deus faça cada uma delas separadamente, sem nunca se cansar de repetir o modelo. Pode ser que Ele tenha o apetite eterno da infância, porque nós pecamos e envelhecemos, e nosso Pai é mais jovem do que nós.

Enquanto leio a Bíblia, parece–me evidente que Deus satisfaz ao seu "apetite eterno" amando individualmente cada ser humano. Imagino que Ele vê cada passo vacilante que dou em minha "caminhada" espiritual, e acompanha com a ansiedade de um pai assistindo a seu filho dar o primeiro passo. E talvez, quando os segredos do Universo forem revelados, descobriremos um propósito oculto na paternidade e no amor romântico. Pode ser que Deus nos tenha concedido esses momentos de ser especiais para nos despertar para a simples possibilidade de amor infinito, do qual nossas maiores experiências aqui na Terra são meros lampejos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Até quando?

Leitura bíblica recomendada:
Salmo 13[Salmo de Davi para o músico-mor]
1 - Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
2 - Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?
3- Atende-me, ouve-me, ó SENHOR meu Deus; ilumina os meus olhos para que eu não adormeça na morte;
4 - Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, vindo eu a vacilar.
5 - Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração.
6 - Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.


O Senhor espera o momento de ser bondoso com vocês (Isaías 30.18).

Muitos personagens bíblicos passaram boa parte de sua vida esperando para ver a promessa de Deus acontecer.
Alguns esperaram 15 anos. Outros, 40.
A lista desses homens de fé é imensa e é fácil imaginar que em muitos momentos eles agiram como o salmista Davi, indagando a Deus e exigindo respostas.
Às vezes nos encontramos na mesma situação. Perguntamos “por quê?”, “quando chegará?”, “o que faremos até lá?”, e por aí vai. As indagações são as mais diversas. Pensamos que Deus nos esqueceu e não ouve nossa oração ou que está ocupado demais resolvendo os problemas do mundo e não tem tempo para gastar conosco. Então, questionamos.
Batemos o pé e queremos entender tudo o que acontece.
Esmurramos a porta.
E nada.
Nesse deserto, há dias em que oramos como o salmista: “Lembra-te da tua palavra ao teu servo, pela qual me deste esperança” (Sl 119.49), e nos sentimos mais confiantes.
Tornamo-nos gigantes e podemos conquistar tudo.
Enquanto nosso mundo parece desabar, gritamos: “Pai, para sempre te esquecerás de mim?”.
A verdade é que gostaríamos de ser mais pacientes (agora mesmo!) e esperar pelo momento de Deus, mas não conseguimos ficar quietos. 
Queremos conquistar a terra prometida, custe o que custar.
Já esperamos demais! 
E se Deus não fez nada, então, é nossa vez de trabalhar! 
Nesse meio tempo, Deus olha dos céus e espera. 
Espera até entendermos sua vontade, até compreendermos que o tempo dele é perfeito, não o nosso. 
Espera para ver se vamos nos aquietar e deixá-lo ser bondoso. 

A cada dia temos uma escolha entre fazer as coisas do nosso jeito ou relaxar e receber de Deus quando chegar a hora certa.
Enquanto Deus espera nos abençoar, o que faremos?
Que nossa oração possa ser como a de Davi: “Eu porém, confio em teu amor” (Sl 13.5). Senhor ensina-me a confiar! - EB
Devocional Pão Diário 

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Perturbado?

26 de Agosto - Tudo para Ele - Oswald Chambers
Perturbado às Vezes?
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou", João 14.27.
Existem ocasiões nas quais nossa paz mais se baseia na ignorância que noutra coisa; mas, quando despertamos para as realidades da vida, a paz interior torna-se impossível, a menos que a recebamos de Jesus pessoalmente. 
Quando o Senhor fala de paz, é ele que produz essa paz; suas palavras são sempre "espírito e vida", João 6:63. 
Será que já recebi a paz de que Jesus fala? 
"A minha paz vos dou" — é uma paz que recebemos quando contemplamos a sua face e a entendemos e aceitamos por inteiro na sua imperturbabilidade e contentamento.
Será que você está perturbado neste momento, com a atenção desviada pelas ondas bravias da permissão providencial de Deus e, tendo, por assim dizer, revolvido até a última pedra de sua crença à procura dessa paz, alegria e conforto? 
Tua vida te parece totalmente infrutífera e estéril? Erga então os olhos e receba a imperturbabilidade e o contentamento do Senhor Jesus em ti. 
A paz que se verá refletida em ti a partir de então, servirá como única prova de que está bem relacionado com Deus, porque está livre para voltar sua atenção só para ele. 
Se não estiver bem com Deus, não conseguirá voltar sua atenção para fora de si próprio. 
Se tem permitido que qualquer coisa lhe venha ocultar a face de Jesus Cristo, de duas uma: 
ou algo está perturbando seu espírito ou sua segurança é falsificada e forjada.
Você está contemplando Jesus agora no meio dessa situação que lhe está a exigir toda a atenção e recebendo a paz dele ainda assim? 
Se é assim, ele será para ti e através de ti, uma bênção de paz duradoura e imperturbável. Mas, se você se entregar à preocupação na tentativa de resolver a questão que o perturba, estará em vias de eliminar a atuação dele e merecerá as consequências que advenham disso. 
Se nos perturbamos é porque nossa atenção não está voltada para Cristo em Seu esplendor contínuo. Quando o consultamos, a perplexidade desvanece porque com ele não subsistem mais perplexidades. 
Nossa única preocupação deve ser permanecer nele a tempo integral. E
xponha tudo diante dele e, face às dificuldades que possam ainda surgir, desolações e mesmo tristeza, ouça-o ainda dizer: "Não se turbe o vosso coração", João 14:27.

PERGUNTAS QUE PRECISAM DE RESPOSTAS

Philip Yancey 
Capítulo 1 - A vida com Deus
METÁFORAS MISTURADAS

Ninguém, ao ler o livro de Oséias, pode deixar de notar que o tema é o adultério espiritual. A esposa do profeta, uma prostituta chamada Gômer, reforça a mensagem verbal, refazendo a história da infidelidade de Israel para com Deus. Mesmo assim, misteriosamente, se dividirmos o livro em quatro partes, no início da última delas há um trecho notável sobre a paternidade. Durante dez capítulos Deus expressara o ciúme e a raiva de um Amante Desprezado, comparando Israel a uma mulher que tivesse casado com Ele e depois vendesse seu corpo para outros amantes. Mas, no capítulo 11:1,3,4, o tom se altera radicalmente.

Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho. ... Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando–os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. Atraí–os com cordas humanas, com laços de amor,
e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento.

Uma imagem invade minha mente, de uma fita de vídeo onde os pais registraram os primeiros passos de uma garotinha. A mãe, ajoelhada, fala com carinho persuadindo sua filhinha, que estende as duas mãos e balança, perigosamente, de um lado para o outro. A câmara se move rapidamente e mostra a alegria do pai. Tanto ele quanto a mãe continuam a sorrir de uma orelha a outra sempre que colocam a fita e assistem. Foi assim, como um pai ou mãe bobos de tanto amor, que Deus ensinou seu povo a caminhar. Nesse trecho de Oséias, Ele se recorda, com nostalgia, da alegria da paternidade. Subitamente grita, em uma pontada de dor, Seu coração se move dentro dEle, sua compaixão é despertada:

Como posso desistir de você, Efraim? Como posso entregar você para os outros, Israel?

Que motivo terá levado a este interlúdio suave em meio a uma história para adultos sobre a prostituição? A mistura das duas imagens – Israel como filho e como amante — é, no mínimo, diversa do convencional. Se um ser humano misturasse as duas imagens, pensaríamos em incesto. Mas Deus, buscando uma analogia que expressasse os sentimentos profundos que nutre por seu povo, escolhe os dois relacionamentos humanos mais profundos: paternidade e casamento. Na tentativa de decifrar a combinação extraordinária das duas figuras em Oséias, cheguei a uma palavra: dependência. Ela é a chave para se descobrir o que há em comum entre as imagens e como elas diferem.
O relacionamento entre a criancinha e seus pais é caracterizado pela dependência. Os bebês dependem deles para satisfação de todas as suas necessidades, e eles desempenham tarefas desagradáveis — ficarem acordados a noite toda, limparem vômito, ensinarem a usar o banheiro — porque sentem a dependência total do filho, e amam aquele bebê. Sem pais que cuidem dele, o bebê morrerá.
Ainda assim, esse padrão de comportamento não permanecerá para sempre. Os bons pais estimulam pouco a pouco a independência do filho. Meus amigos ensinaram a filha a andar, em vez de empurrá–la por toda a vida em um grande carro. Embora soubessem que um dia ela poderá andar para longe deles, não deixaram de ensinar. Lamentavelmente, alguns pais fracassam em dar independência aos filhos. Conheço um homem de 37 anos que ainda mora com sua mãe, por exigência dela, e lhe entrega todo o salário que recebe. Só sai de casa se a mãe permitir. Qualquer pessoa pode perceber que e um relacionamento doentio. Na paternidade e na maternidade a dependência deve fluir rumo à liberdade.
Os amantes revertem este fluxo, já que possuem a liberdade e escolhem abrir mão dela. A Bíblia manda que se submetam um ao outro, e qualquer casal pode dizer que esta é uma descrição acurada do processo cotidiano de viver juntos. A romancista Elizabeth Barrett Browning escreveu o seguinte soneto pouco antes de se casar com Robert:

E, assim como o soldado derrotado depõe sua espada Perante aquele que o ergue do solo ensangüentado –Assim mesmo, Amado, eu, por fim, Termino aqui minha luta. Se você me chamar, Levantar–me–ei de meu abatimento ao ouvi–lo. Aumente seu amor, para que meu valor cresça.

Em um casamento saudável, cada um se submete, voluntariamente, ao outro, em amor. Nos relacionamentos problemáticos, a submissão transforma–se em parte de uma luta, um cabo–de–guerra entre dois egos.
* * *

Deus sofre em Oséias porque o povo de Israel rompera o fluxo da dependência. No deserto Ele alimentara Israel com o objetivo de transformá–lo em adulto, dando–lhe a liberdade da Terra Prometida. Mas o povo agarrou a liberdade e, como um filho rebelde – como Gômer –, desprezou–a, afastando–se de Deus. Israel nunca compreendeu o significado do casamento; nunca aprendeu a se entregar voluntariamente, em amor, para Deus. Oséias registra a profunda tristeza de Deus, que queria uma esposa, mas só conseguiu encontrar uma filha.
O padrão da dependência pode, acredito, ensinar–nos muito sobre os planos de Deus para a raça humana. Lendo Oséias e suas surpreendentes metáforas misturadas, fui forçado a examinar minha própria vida. Será que prefiro o conforto de um relacionamento infantil com Deus? Será que me apego ao legalismo como uma forma de segurança, uma forma ilusória de conseguir que Deus "goste mais de mim"?
Meu amor por Deus é condicional, como o de uma criança? Quando as coisas não vão bem, será que desejo fugir, ou gritar: "Odeio você!"? Ou sou mais como um parceiro no casamento: aquele tipo de casamento antigo, na doença e na saúde, para o melhor e para o pior, até que a morte nos separe (ou, neste caso específico, até que a morte nos reúna)?
A progressão na Bíblia, e em Oséias especialmente, ensina–me que tipo de amor Deus deseja receber de mim: não o dependente, desamparado, de um filho, mas o maduro, entregue liberalmente, de um esposo. Embora ambos expressem um tipo de dependência, existe uma diferença vital entre eles: a mesma que há entre paternidade e casamento, entre lei e Espírito.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Preso?

25 de Agosto - Mananciais no Deserto - Lettie Cowmann

Encerrados para aquela fé. (Gálatas 3.23)

No passado, Deus deixou que o homem ficasse sob a guarda da lei, a fim de que aprendesse o caminho mais excelente da fé.
Pois na lei ele veria os altos padrões de Deus, e também reconheceria sua própria incapacidade; então estaria predisposto para aprender o caminho divino da fé.
Deus ainda nos encerra para a fé.
Nossa natureza, nossas circunstâncias, provas e desilusões, todas servem para nos encerrar guardados, até que vejamos que a única saída é o caminho divino da fé.
Moisés tentou conseguir o livramento de seu povo pelo esforço próprio, pela influência pessoal, e até pela violência.
Deus teve de deixá-lo quarenta anos no deserto, até ele estar preparado para o trabalho.
Paulo e Silas foram enviados por Deus a pregar na Europa.
Desembarcaram e foram a Filipos.
Foram açoitados e postos na prisão com os pés no tronco.
Ficaram ali encerrados para a fé.
Confiaram em Deus.
Entoaram louvores a Ele na hora mais escura, e Deus operou livramento e salvação.
João foi exilado na ilha de Patmos: foi encerrado para a fé.
Não tivesse ele sido encerrado, nunca teria visto tão gloriosas visões de Deus.

Amado leitor, você está em alguma grande dificuldade?
Teve alguma desilusão?
Sofreu alguma dor terrível, alguma perda muito grande?
Está num lugar difícil?
Ânimo!
Você está encerrado para a fé.
Aceite sua dificuldade da maneira certa.
Entregue-a a Deus.
Louve-O porque Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem e porque Deus trabalha para aquele que nele espera.
Você receberá bênçãos, auxílio e revelações de Deus que de outra forma não lhe teriam sobrevindo; e, além de você, muitos receberão grandes bênçãos e revelações porque a sua vida esteve encerrada para a fé.
 C. H. P.

consciente?


Um homem havia cometido uma fraude e sua consciência não o deixava em paz. Para sentir-se aliviado, escreveu à empresa prejudicada: "Anexo uma parte do valor que estou devendo. Se ainda não conseguir dormir direito hoje à noite, vou enviar mais uma parcela".
A consciência não é um órgão físico que se pode ver, operar ou transplantar, mas mesmo assim ela existe e está presente na vida de cada um de nós. De onde vem a consciência? Qual é sua finalidade? Quem a colocou em nós? De onde vem essa "voz interior"? Existem as mais diferentes explicações e justificativas para a existência da consciência dentro de nós. Segue uma seleção de opiniões sobre essa "voz" misteriosa:


  • A consciência é uma instância, um poder implantado em nós que avalia moralmente os nossos atos, nossos pensamentos, nossos planos e opiniões (Bíblia de Estudos de Genebra).
  • A consciência é aquela voz interior que impele a pessoa a fazer o que ela considera correto (Charles Ryrie).
  • A consciência, segundo desígnio divino, deve ser o nervo central de nosso ser que reage ao valor moral intrínseco de nossos atos (Oswald Sanders).
– Um índio descreveu figuradamente a consciência como sendo um triângulo em seu interior: "Quando cometo alguma injustiça, o triângulo se move, e isso dói".


Gostaria de definir a consciência como o "acusador" divino, pois ela nos acusa quando fazemos algo errado. Conforme a Bíblia, o Diabo é nosso acusador diante de Deus, mas Satanás não é onipresente, nem onisciente. Estou falando, porém, de outro "acusador", que é a consciência, sempre presente em nós. A Bíblia menciona a consciência em diversas passagens, por exemplo: "Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos..." (Jo 8.9). E: "estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se" (Rm 2.15). Através da consciência a Lei de Deus está inscrita em nossos corações.
A finalidade da consciência
Ela expõe nossa culpa diante de Deus e nos leva ao arrependimento e ao perdão. Prezado leitor, prezada leitora, gostaria de fazer-lhe algumas perguntas muito francas.
Nos últimos dias você assistiu ou leu coisas que deveria ter deixado de lado?
Será que você esteve em lugares onde teria sido melhor não ter ido?
Você teve comunhão com pessoas que deveria ter evitado?
Você enganou alguém?
Você ainda não fez alguma coisa que já deveria ter feito há muito tempo?
Você andou mentindo de maneira consciente, por medo de perder alguma coisa ou com receio das conseqüências?
Você não pagou uma dívida que está pendente há muito tempo?
Você falou ou pensou alguma coisa acerca de alguém que teria sido melhor não falar ou pensar?
erá que você preferiu fazer outras coisas ao invés de ir ao culto ou à reunião de oração?
Sua consciência pesou?
Você sentiu-se desconfortável ao tentar responder alguma dessas perguntas?

Então continue lendo. Esta mensagem é para você!


A consciência acusa: "Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava" (Jo 8.9). Todas as pessoas que acusavam a mulher adúltera perceberam que também eram culpadas pois suas consciências pesaram. 
 
A consciência sempre faz duas coisas: 
ela aproxima você de Jesus ou leva você para longe dEle. 
 
Ela conduz você para mais perto do Senhor ou obriga você a evitar Sua proximidade. Uma consciência pesada foi o que levou muitas pessoas a deixarem de ler a Bíblia, a evitar a comunhão com os irmãos, a se auto-justificar e a acusar os outros. Mas quem cede à sua consciência acusadora e se refugia junto a Jesus receberá o perdão!
 
A consciência persegue e pesa. 

Alguém foi solicitado a desenhá-la. A pessoa desenhou um cavalo galopando, perseguido por vespas e abelhas. Embaixo, escreveu: "Frustra curris", que significa "Você corre em vão". Não conseguimos fugir da nossa consciência.

Roubado há quinze anos...
"É apenas um jogo de xadrez, mas minha consciência não me deixa em paz".
Há tempos um jornal alemão trouxe uma história pitoresca.

Um soldado americano remeteu um jogo de xadrez acompanhado de uma carta ao prefeito de uma cidade da região do Reno. Na carta ele dizia que havia encontrado um jogo de xadrez em uma casa quando os Aliados ocuparam a Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial. Ele e seus companheiros costumavam usar o tabuleiro, e quando foram transferidos levaram o jogo. Quando o soldado cruzou o oceano e voltou para os Estados Unidos, levou o jogo consigo. Depois de 15 anos, ele estava sentindo uma inquietação interior, pois havia roubado o jogo e desejava devolvê-lo. "É apenas um jogo de xadrez, mas minha consciência não me deixa em paz", escreveu ele ao devolver o que tomara indevidamente.
Um médico conta a história de um funcionário de um banco que o procurou em seu consultório apresentando sintomas de epilepsia. O paciente contou que se sentia inseguro, que suas pernas tremiam, que ele sempre tropeçava e que sentia muito medo de cair na rua. Os exames mostraram que ele era fisicamente saudável, mas o médico percebeu sintomas de agitação interior. Então disse francamente ao bancário que ele havia tirado dinheiro do caixa do banco. Apavorado, o funcionário concordou com a acusação. Mas disse que já havia reposto todo o dinheiro, porém continuava com muito medo de ver seu erro descoberto. Depois de um aconselhamento espiritual, onde ele confessou sua culpa e declarou-se disposto a assumir as conseqüências de seu ato, sentiu-se imediatamente aliviado e liberto de sua "epilepsia".
"Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio" (Sl 32.3-4). Burns, um estudioso da Bíblia, escreve sobre esses versículos: "O salmista fala de maneira muito franca de sua grande luta interior. Ele estava consciente de haver cometido diversos pecados graves, e sabia que somente uma confissão plena diante de Deus poderia libertá-lo de seu fardo. Mas ele não queria (ou não podia) confessar sua culpa. Gemia de remorso e não conseguia dormir. Acabou ficando doente, mas continuava lutando contra sua própria consciência que o acusava. Ele também relata a razão de todo esse mal-estar físico: a mão de Deus – a ira divina – não o deixava ter paz, fazendo-o padecer as torturas de uma consciência pesada. Milhares de pessoas já passaram e passam por essa experiência. A solução é tão simples: "Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado" (Sl 32.5).
Como lidar com a consciência?
Deus colocou a consciência em nós fazendo-a funcionar como acusador e como canal através do qual Ele fala conosco. Mas a consciência pode ser manipulada e, em casos extremos, usada pelo próprio Diabo. Por isso é vitalmente importante sabermos a quem nossa consciência está sujeita e a quem ela é submissa. Dietrich Bonhoeffer disse: "Nossa consciência deve ser dominada unicamente por Jesus Cristo".
Existe a possibilidade de nossa consciência tornar-se insensível com o passar do tempo: "os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza" (Ef 4.19).

Quem persevera no pecado apesar de ouvir o clamor da própria consciência, quem se entrega ao pecado de maneira consciente e deliberada, com o tempo acabará tornando-se insensível.

O índio canadense descreveu a consciência como sendo um triângulo em nosso interior que gira dolorosamente a cada vez que praticamos alguma injustiça. Mas ele acrescentou:




"Se eu continuo a fazer o mal, o triângulo continua a girar até que suas arestas se gastam, e aí eu não sinto mais nada". 
 
Uma pessoa assim foi Pol Pot, o sanguinário ditador do Camboja, responsável pela morte de mais de dois milhões de pessoas em menos de três anos. Isso representa um terço da população do país. Na época bastava alguém usar óculos ou exercer uma profissão acadêmica para ser assassinado da maneira mais cruel. As pessoas foram aterrorizadas com deportações, internadas em campos de trabalhos forçados, sofreram lavagem cerebral e foram privadas de alimentação. Mas apesar de ter praticado todas essas crueldades, em uma entrevista de 1997 Pol Pot declarou que tinha "uma consciência limpa". Algum dia todas as pessoas estarão diante do Deus vivo e serão julgadas por Ele. O gravador interior de nossa alma, que tudo registra com minuciosa precisão, tocará a fita. Então todos os nossos atos, todos os pecados que cometemos, nossas omissões, todos os pensamentos e propósitos, nossa motivação e nossos desejos, tudo virá à luz.
Assim como um relógio deve ser acertado de tempos em tempos, nossa consciência precisa ajustar-se à Bíblia.
Também é possível alguém ter uma consciência débil, sensível, deixando a pessoa confusa: "Acolhei ao que é débil na fé..." (Rm 14.1). "...e a consciência destes, por ser fraca..." (1 Co 8.7).

Um hindu, por exemplo, fica com a consciência pesada quando mata uma vaca. Mas não se importa em sacrificar seus filhos nem se impressiona quando as viúvas são obrigadas a se lançar sobre as piras onde os corpos de seus falecidos maridos estão sendo cremados. A consciência se adapta às normas morais de seu ambiente. Mais um exemplo ilustra essa realidade:
Os agricultores de uma fazenda coletiva de um país socialista foram até o prefeito e lhe perguntaram:

"Companheiro prefeito, diga-nos o que é dialética?*"

O prefeito respondeu: "Prezados companheiros, não é fácil explicar isso a vocês. Mas vou contar-lhes um exemplo. Imaginem que dois companheiros venham falar comigo. Um está limpo, o outro está sujo. Eu ofereço um banho aos dois. Qual dos dois aceitará a oferta?" "O sujo", responderam os agricultores. "Não, o limpo", respondeu o prefeito, "pois o limpo está acostumado a tomar banho; o sujo não valoriza a higiene. Quem, portanto, aceitará o banho?" "O limpo", responderam os agricultores. "Não, o sujo, pois ele precisa de um banho", disse o prefeito, "portanto, qual dos dois aceitará a oferta de tomar banho?" "O sujo", gritaram os agricultores". "Não, os dois", retrucou o prefeito, "pois o limpo está acostumado a banhar-se e o sujo está precisando de um banho. Portanto, quem vai tomar banho?" "Ambos", responderam os agricultores, desconcertados. "Não, nenhum dos dois", disse o prefeito, "pois o sujo não está acostumado a tomar banho e o limpo não precisa de banho". "Mas, companheiro prefeito", reclamaram os agricultores, "como podemos entender isso?" Cada vez você responde aquilo que combina com o que você quer ouvir de nós". "Vocês estão vendo? Isso é dialética", respondeu o prefeito, sorrindo.
Seria engraçado se não fosse tão sério.

Pois muitas vezes nós todos somos dialéticos. Estamos conscientes de que fizemos algo errado, pois uma voz em nosso interior nos diz isso de maneira clara e inequívoca. Mas imediatamente outra voz se faz ouvir, a voz da dialética, o advogado do mal. 
Sabemos o que ele mais gosta de nos dizer:

"Não importa.

Não leve as coisas tão a sério.

Todo mundo faz isso.

Ninguém viu nada.

Não consegui agir de outra maneira.

Foi só uma vez". 

É dessa maneira ou com argumentos semelhantes que essa voz se faz ouvir. Ela tenta minimizar aquilo que realmente aconteceu, tenta torcer a verdade e mostrar que o erro não foi tão grande assim. Essa voz satânica contradiz a voz da consciência que tenta se manifestar. Alguém disse que a consciência é "um sistema de alarme com mau contato". Por isso, a consciência precisa ser treinada. Ela precisa ser ensinada, precisa aprender a orientar-se pelas Escrituras, precisa ser dirigida pelo Espírito Santo. Nossa consciência deve ter por base o padrão de Jesus Cristo. Se ela não O tiver como parâmetro, será constantemente influenciada pelo mal, relativizando tudo, seguindo o lema:

"Mas não foi tão grave assim. Quem leva as coisas tão a sério?"
Uma consciência, porém, que vive segundo o padrão de Jesus se comportará como a mulher que está ao volante do seu carro e, quando seu marido pede que ela ande mais depressa, responde que não vai exceder o limite de velocidade. Ou o trabalhador, que ouve seus colegas contando que de vez em quando "pegam emprestadas" as ferramentas do patrão mas se esquecem de devolvê-las e decide: "Não vou roubar da firma". Devemos treinar nossa consciência, exercitá-la para que não seja enganada ou seduzida: "...com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo" (1 Pe 3.16). Os apóstolos se empenhavam em manter uma boa consciência: "Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco" (2 Co 1.12). Paulo exercitava e treinava sua consciência para que ela fosse pura diante de Deus e dos homens: "Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens" (At 24.16). Assim como um relógio deve ser acertado de tempos em tempos, nossa consciência precisa ajustar-se à Bíblia, para que possamos declarar: "testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência" (Rm 9.1).
Temos o testemunho de uma consciência limpa?
Pergunte-se: "Como conseguirei ficar em paz novamente?"
Também é possível deixar de ouvir a voz da consciência, como fizeram algumas pessoas acerca das quais a Escritura testemunha: "tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé" (1 Tm 1.19).

Você já ouviu a história do colono que tinha um cachorro que latia muito porque havia ladrões no pátio? Como o dono não queria ser perturbado em seu sono, tomou sua espingarda e, de tanta raiva, matou seu cachorro. No dia seguinte ele viu que os ladrões haviam carregado tudo o que ele possuía. 

Muitos "baleiam" sua consciência, negam-se a ouvir sua voz porque ela incomoda, pois ela fica advertindo e alertando constantemente. Mas um dia a pessoa se vê confrontada com o resultado dessa atitude e percebe que tudo está perdido, que naufragou na fé por ter deixado de ouvir sua própria consciência.
A consciência também pode ser cauterizada: esta é uma característica típica dos tempos finais e um sinal de apostasia: "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência" (1 Tm 4.1-2).

Xavier Naidoo, um cantor de pop-rock, declarou em entrevista concedida à revista alemã Focus:
Focus: Há oito anos você vive com sua namorada. Por que vocês nem cogitam casar?
Naidoo: Porque eu jamais poderia prometer diante de Deus que serei eternamente fiel. Se não preciso fazer essa promessa, também não posso quebrá-la. Considero meu relacionamento com minha namorada tão importante que não vou deixá-lo fracassar.
Focus: Como é seu deus?
Naidoo: Inacreditavelmente bondoso... Através de muitos sinais eu reconheço que nossa geração vive em um mundo que Deus criou para os bons. A morte não vem de Deus... A eternidade está adormecida dentro de nós. Eu gostaria de experimentar a imortalidade neste corpo e daqui a mil anos estar fazendo festa junto com meus amigos. A idade que vou alcançar só depende de minha situação espiritual.
O contraste não poderia ser maior com o que Paulo escreveu na Primeira Carta a Timóteo: "conservando o mistério da fé com a consciência limpa" (1 Tm 3.9).
Como adquiro uma consciência limpa?
Talvez alguns dos que estão lendo esta mensagem tenham ficado inquietos em suas consciências. Talvez muitas coisas que estavam soterradas vieram à luz. Mas talvez também algumas coisas que estavam sem corte voltaram a ficar afiadas, machucando-nos e fazendo-nos sentir dor. Você se pergunta: "Como conseguirei ficar em paz novamente?" Em primeiro lugar, precisamos saber que o sangue de Jesus Cristo tem o poder de perdoar os nossos pecados e nos libertar da nossa consciência pesada: "Calculem como o sangue de Cristo, com muito maior certeza, transformará as nossas vidas e os nossos corações. O sacrifício dEle nos liberta da preocupação de ter de obedecer aos regulamentos antigos e nos faz desejar servir ao Deus vivente; pois, com a ajuda do eterno Espírito Santo, Cristo de bom grado entregou-Se a Deus para morrer pelos nossos pecados – Ele, que era perfeito, sem uma única falta ou pecado" (Hb 9.14, ABV). É possível sermos libertos da nossa má consciência – mas somente pelo perdão de Cristo. Então poderemos voltar a servir ao Senhor com alegria.
Mesmo que duvidemos dessa possibilidade, Deus entende e vem ao encontro de nossas dúvidas, pois Sua bondade é muito maior que a mais pesada consciência. Deus, para quem nada fica escondido, não vê apenas nossos erros mas também o sacrifício de Seu Filho, que nos traz o perdão.
Jesus é nosso grande Advogado, que se coloca diante do promotor que está nos acusando e intercede por nós. "E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável" (1 Jo 3.19-22).
Por fim, gostaria de contar um exemplo extraído do diário de um jovem:
  •  Segunda-feira, 8:00 horas. Chego na escola, e os caras já estão lá. "E aí, ainda nessa onda de crente?" A minha cabeça gira, minha consciência me incomoda. Eu reúno todas as minhas forças e respondo "Sim!".
  • Terça-feira, 8:00 horas: Chego na escola, e eles já estão lá. "E aí, ainda nessa onda de crente?" A minha cabeça gira, minha consciência me incomoda. Eu baixo os olhos e digo "Talvez!".
  • Quarta à noite, 19:00 horas. Chego em casa. Minha família vai à igreja. "Você vem conosco?" Minha cabeça gira, minha consciência me incomoda, mas eu mordo os lábios e digo: "Não!".
  • Domingo de manhã, 10:00 horas. Estou sentado em meu quarto, sozinho com minha consciência. Oro e clamo a Deus: "Senhor, Tu me aceitas outra vez?" E Ele responde "Sim!"
"Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura" (Hb 10.22).
Nota:
* Hegel, pai espiritual do marxismo, ensina que todo conceito traz dentro de si o seu contrário, o qual, do choque com o primeiro, gera um terceiro que, sem ser um nem outro e, aliás, nem ambos ao mesmo tempo, é a sua "superação dialética"... É claro que Hegel usa desse esquema com muita argúcia e delicadeza... Mas quando passa pelas simplificações requeridas para se adaptar ao nível intelectual dos militantes, a dialética de Hegel volta a mostrar aquilo que era no fundo: a arte de proferir enormidades com uma expressão de fulgurante inteligência. Daí derivam algumas artes secundárias: a de cometer crimes para fomentar a justiça, a de construir prisões e campos de concentração para instaurar a liberdade, a de condenar o terrorismo dando-lhe prêmios, etc., etc. Só um profano vê aí contradições insanáveis. Para o dialético, tudo se converte no seu contrário e, quando isso acontece, fica provado que o contrário era a mesma coisa. Quando não acontece, ele faz uma forcinha para que aconteça, e em seguida arranja uma explicação dialética absolutamente formidável (Olavo de Carvalho).
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, novembro de 2004.

sábado, 22 de agosto de 2009

provações

22 de Agosto - Lettie Cowmann = Mananciais no deserto.

E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. 
E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo. (At 27.44.)
Esta extraordinária história da viagem de Paulo a Roma, com suas provas e triunfos, é um bom exemplo do conjunto de luzes e sombras sempre presente no caminho de fé, por toda a história da vida humana. O ponto notável nessa história é que os lugares difíceis e estreitos são entremeados das mais extraordinárias intervenções e providências de Deus.

É comum pensar-se que a vereda de fé é semeada de flores; é comum pensar-se que, quando Deus intervém na vida do Seu povo, fá-lo numa escala tão extraordinária que somos colocados acima do plano das dificuldades. A realidade, entretanto, é que a experiência mostra bem o contrário. A história da Bíblia é pontilhada de provas e triunfos, alternadamente, na vida de cada um dos que formam a grande nuvem de testemunhas, desde Abel até ao último mártir que houver.

Paulo, mais do que outro qualquer, foi um exemplo de quanto um filho de Deus pode sofrer sem ser esmagado ou despedaçado no espírito. Por causa de seu testemunho em Damasco, foi perseguido pelos adversários e obrigado a fugir para salvar a vida. Mas não vemos uma carruagem celeste cercada de raios, trovões e chamas, arrebatando o apóstolo do inimigo; e sim, que o desceram pela muralha de Damasco "dentro de um cesto", e assim escapou. Num cesto, como uma trouxa de roupas sujas, ou um pacote de compras do empório, o servo de Jesus Cristo foi descido por uma janela e fugiu dos inimigos ignominiosamente.

De outra vez o encontramos deixado por meses numa prisão isolada, e o ouvimos falando de suas vigílias, seus jejuns, da deserção de amigos, dos brutais e vergonhosos açoites. Em nosso texto, mesmo depois de Deus ter prometido livrá-lo, nós o vemos sofrer durante vários dias os embates de um mar encapelado, obrigado a apaziguar os pérfidos marinheiros.
Por fim, quando vem o livramento, não vemos uma galera vindo do céu para apanhar do naufrágio o nobre prisioneiro, não vemos um anjo andando sobre as águas e aquietando os furiosos vagalhões, não vemos nenhum sinal sobrenatural de que esteja sendo operado um milagre transcendente: vemos um homem a segurar-se a um mastro, outro, a uma tábua flutuante, outro agarrar-se a um destroço qualquer, outro, ainda, a salvar-se a nado.
Aqui está o padrão de Deus para nossa vida. Aqui está uma ajuda do evangelho para pessoas que têm de viver neste mundo atual, no meio de circunstâncias comuns e situações comuns, as quais têm de ser encaradas de uma maneira totalmente prática.
As promessas de Deus, e as Suas providências, não nos elevam acima do plano do senso comum e da lida corriqueira, mas é exatamente através dessas coisas que a fé é aperfeiçoada e que Deus Se agrada de entretecer, na urdidura da nossa experiência de cada dia, os fios de ouro do Seu amor. — De Hard Places in the Way of Faith
************************
Uma dica: Leia o livro de Atos, a história completa da vida de Paulo e pesquise quais cartas ele escreveu em cada situação. Leia as cartas e observe, analise, estude.
Por exemplo: O versículo da alegria, de Filipenses 4:4, foi escrito por Paulo enquanto estava na cadeia...
Se você quer mais estudar on line: http://alimentandoaalma1.blogspot.com/2008/04/estudo-nas-carta-de-paulo-1-corntios.html

PERGUNTAS QUE PRECISAM DE RESPOSTAS

Philip Yancey 
Capítulo 1 - A vida com Deus
CÔNJUGE REJEITADO


Isolei–me em um chalé nas montanhas do Colorado durante duas semanas de inverno. Levei comigo uma mala cheia de livros e anotações, mas, ao voltar, descobri que só havia aberto um deles: a Bíblia. Comecei a ler em Gênesis e segui em frente. Do lado de fora, a neve caía furiosamente. Quando cheguei em Deuteronômio, a neve cobria o primeiro degrau da escada externa. Atingi os profetas e ela chegou à caixa de correio. Finalmente, quando terminei Apocalipse, precisei chamar um caminhão para desobstruir a entrada da casa. Mais de 1,80m de pó gelado caiu durante o tempo que passei lá.
A combinação de som abafado da neve caindo, isolamento e concentração mudou para sempre o modo como leio a Bíblia. A percepção mais surpreendente que me veio naquela leitura foi que nossas impressões costumeiras de Deus podem ser muito diferentes do que a Bíblia realmente retrata. Nos livros de teologia lemos sobre os decretos de Deus, e características como onipotência, onisciência e imutabilidade. Estes conceitos encontram–se na Bíblia, mas bem escondidos, e é necessário esforço para vê–los. Leia as Escrituras e você encontrará não uma névoa indistinta, mas uma Pessoa real. Deus sente prazer, raiva e frustração. Uma vez após outra se choca com o comportamento humano. Algumas vezes, depois de decidir agir de uma forma, Ele "muda de idéia".
Eu sei bem que o termo elegante "antropomorfismo" pode explicar todos estes retratos com características humanas. E mesmo assim, lendo a Bíblia inteira de uma vez, como fiz, é impossível não ser esmagado pela alegria e angústia. Em resumo: pela paixão – do Senhor do Universo. É verdade que Deus "toma emprestadas" imagens da experiência humana para se comunicar de modo que possamos compreender, mas certamente essas imagens apontam para uma realidade ainda maior atrás delas. Por exemplo: nos profetas duas imagens são proeminentes: a do pai irado e a do conjugue desprezado.
Para minha surpresa, o livro que mais me afetou foi Jeremias, provavelmente por expressar estas duas imagens de um Deus apaixonado com tanta força emocional. Os primeiros capítulos mostram um pai ofendido tentando argumentar com um filho irremediavelmente rebelde. Deus recorda como conduziu seus filhos através do deserto hostil, providenciando alimento e água durante todo o caminho, para levá–los a uma terra fértil e de prosperidade. No capítulo 3, versículo 19, Ele diz:
Tu me chamarás meu pai, e de mim não te desviarás.
Em vez disso, a nação seguiu outros caminhos, afastando–se de Deus. Foram até ao ponto de realizar sacrifícios de crianças, e o Deus onisciente fala sobre esta prática:

O que nunca lhes ordenei, nem falei, nem me veio ao pensamento. (19:5, 7:31)
As conversas de Deus com Jeremias mostram a raiva, a inutilidade das tentativas de resolver os problemas e, por trás disso, a dor, semelhante à que todos os pais sentem de vez em quando. Subitamente, parece que o amor altruísta dedicado durante toda a vida foi desperdiçado, desprezado. Esperanças arraigadas murcham e morrem. O filho, resolvido a enfiar uma faca na barriga de seus pais, desafia–os com seu comportamento chocante, agindo de um modo que "nem me veio ao pensamento".
Mais tarde Jesus usaria uma imagem ainda mais primitiva, do reino animal, quando chorava perto de uma cidade que, alguns dias depois, cometeria uma forma de parricídio eterno.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! (Mateus 23:37)
A Bíblia mostra o poder de Deus forçando Faraó a se ajoelhar e reduzindo o poderoso Nabucodonosor a um lunático ruminante. Mas também mostra a impotência do poder de criar o que Deus mais deseja: nosso amor. Quando seu amor é desprezado, até mesmo Ele, o Senhor do Universo, sente, de certa forma, o que um pai sente quando perde o que mais valoriza, ou uma galinha que assiste, impotente, a seus filhotes avançarem rumo ao perigo.
Em Jeremias, o modo de falar muda, algumas vezes no meio da sentença, do de pai para o de amante. Uma vez após outra, Deus usa as palavras surpreendentes de um amante traído. Ele diz para Judá:
Conhece o que fizeste; dromedária, ligeira és, que anda torcendo os seus caminhos. Jumenta montes, acostumada ao deserto, que, conforme o desejo da sua alma, sorve o vento, quem a deteria no seu cio? (2:23,24)
O tom das palavras de Deus em Jeremias varia amplamente, passando abruptamente destes gritos ultrajados de dor para súplicas calorosas de amor, e depois para apelos desesperados por um recomeço. A alternância brusca no tom pode ser desconcertante, a não ser que se tenha experimentado algo semelhante ao que Deus descreve. Ele reage como um conjugue desprezado. Uma de minhas amigas enfrentou dor semelhante a esta durante dois anos. Em novembro, estava disposta a matar o marido infiel. Em fevereiro, havia perdoado e moravam juntos de novo. Em abril, deu entrada no pedido de divórcio. Em agosto, desistiu do processo e pediu ao marido que voltasse para casa. Foram necessários dois anos para que ela encarasse a verdade: seu amor fora rejeitado para sempre, sem esperança de retorno.
A imagem do cônjuge ferido em Jeremias (ou em Oséias, onde é representado ao vivo) é espantosa, não consigo entender totalmente. Por que Deus, que criou tudo que existe, submeter–se–ia voluntariamente a essa humilhação infligida por suas criaturas? No Colorado, enquanto percorria as páginas da Bíblia, perseguiu–me a realidade de um Deus que permite que nossa reação a Ele tenha tamanha importância.
Ao voltar para Chicago, comecei a pesquisar livros de teologia. Percebi, mais uma vez, um perigo em nossos "estudos" sobre Deus. Quando O prendemos em palavras ou conceitos e O arquivamos, seguindo a ordem alfabética de suas características, podemos, facilmente, deixar escapar a força do relacionamento apaixonado que Ele anseia, acima de tudo, manter conosco. Talvez não haja perigo maior do que este para nós que escrevemos, falamos ou, até mesmo, pensamos sobre Deus. Para Ele, meras abstrações podem ser o mais cruel dos insultos.
Depois de duas semanas lendo a Bíblia inteira, emergi convicto de que Deus não se importa muito em ser analisado. 
Acima de tudo – como qualquer pai, como qualquer amante —, deseja ser amado.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

porque se agradou de mim...


21 de Agosto - Mananciais no deserto - Lettie Cowmann

Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim. (Salmo 18.19.)
E o que é esse lugar espaçoso?
O que pode ser, senão Deus mesmo?
Aquele Ser infinito, em quem terminam todos os outros seres e todas as outras fontes de vida?
Deus é de fato um lugar espaçoso.
 E foi através de humilhação, de rebaixamento, de aniquilamento, que Davi foi trazido a esse lugar.
— Madame Guyon
Como vos levei sobre asas de águias e vos cheguei a mim. (Êx 19:4)

Temendo me entregar inteiro em Sua mão,
Perguntei ao Senhor o que aconteceria...
Em que porto daria a minha embarcação...
"Em Mim", disse o Senhor.

Chorando por alguém, rasgado o coração,
Perguntei ao Senhor aonde me levaria
O trilho em que me via, de dor e solidão.
"A Mim", disse o Senhor.

Trabalhando no campo, a cumprir Seu chamado,
Tive gostos, porém desapontos achei.
Mas a voz escutei, quando triste e cansado:
"Para Mim te chamei."

Quando olhei meus heróis, deles tanto esperando,
Vi-os errar, cair, e a força me fugiu...
Mas disto se serviu e, o pranto me enxugando,
Para Si me atraiu.

Para Si! Encontrei o descanso almejado
Desde o dia feliz em que nEle ancorei!
NEle estou, dEle sou, pois meu ser, quebrantado,
Para Si conquistou!  
- Adaptado

Perguntas?

Sabe aquele livro que a gente começa a ler e não consegue parar?


Vale a pena....

Prometo postar e compartilhar alguns parágrafos, na medida da minha leitura...



Como é Deus? Por que a maioria dos livros teológicos O mostra como lógico, ordeiro, imutável e inefável, enquanto a Bíblia o retrata como emocional, flexível, vulnerável e, acima de tudo, apaixonado?



Por que apenas 10% da Bíblia – as Epístolas – são estritamente didáticos, e todo o resto ensino por meios indiretos, como histórias, poesias, parábolas e visões proféticas? Por que 90% dos sermões nas igrejas evangélicas baseiam–se nos 10% didáticos?



Como Deus consegue amar tanta gente no mesmo tempo? Se Ele nos ama de verdade, por que algumas de nossas orações mais urgentes ficam sem resposta? Por que não acontecem mais milagres?



Por que o livro de Jó está na Bíblia? Será que alguém já apresentou um argumento negando o amor de Deus que não apareça, de alguma forma, no livro de Jó? Se Jó termina o livro como herói e seus amigos como vilões, por que os cristãos citam mais as palavras deles?



Por que Deus não respondeu às perguntas de Jó? E por que ele parece não ter–se importado de ficar sem as respostas?



Como podem os evangelistas da televisão promover com tanta animação a teologia da prosperidade em um mundo cheio de injustiça e sofrimento como o nosso? Será que algum cristão iraniano acredita na teologia da prosperidade?



Como podem os evangelistas da televisão prometer prosperidade e segurança aos fiéis quando Jesus lhes prometeu uma cruz, enviou–os como ovelhas no meio de lobos e permitiu que a maioria de Seus discípulos morresse como mártires?



Que faz Deus ficar feliz?





Philip Yancey

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lutas



20 de Agosto - Mananciais no Deserto - Lettie Cowmann

Ficando ele só; e lutava com ele um homem até ao romper do dia.
(Gênesis 32.24.)


Isto era mais Deus lutando com Jacó, do que Jacó lutando com Deus. Era o Filho do homem, o Anjo da Aliança — era Deus em forma humana, lutando para tentar expulsar de Jacó sua velha vida.
* * * *
E antes que a manhã rompesse, Deus havia prevalecido e Jacó caíra com a coxa deslocada.
Mas ao cair, caiu nos braços de Deus, e neles se agarrou e lutou mais, até que a bênção veio; e a nova vida surgiu, e ele foi elevado do natural para o sobrenatural, do terreno para o celeste, do humano para o divino.
Ao prosseguir em seu caminho naquela manhã, ele era um homem fraco e quebrado, mas Deus estava com ele.
E a voz do céu proclamou:

"Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.",

Amado leitor, esta será sempre uma cena típica de cada vida transformada.
Se Deus nos tem chamado para um plano mais alto e melhor, teremos que passar pela hora de crise.
Hora em que todos os recursos humanos falham; hora em que enfrentamos, ou ruína, ou algo superior a tudo com que sonhamos; hora em que precisamos da infinita ajuda de Deus!

Contudo, sabemos que, antes de podermos ter essa ajuda,
  • precisamos desistir de alguma coisa;
  • precisamos render-nos completamente;
  • precisamos abandonar nossa própria sabedoria, força e justiça,
  • e tornar-nos pessoas crucificadas com Cristo e vivas nEle!

Pois bem, Deus sabe levar-nos a essa crise, e sabe fazer-nos atravessá-la.
Será que Ele o está conduzindo assim, prezado leitor?
É isto que significa sua profunda aflição, seu ambiente difícil, aquela situação penosa, aquele lugar de provação aonde você não pode ir sem Ele, e contudo não tem bastante dEle para lhe dar a vitória?
Volte-se para o Deus de Jacó!
Lance-se totalmente a Seus pés.
Morra para a sua própria força e sabedoria, abandone-se em Seus braços amorosos, e depois levante-se, como Jacó, pela força e suficiência dEle.
A única saída desse seu poço estreito é no topo. Você precisa obter livramento, elevando-se a um plano mais alto e entrando numa nova experiência com Deus.
Que ela possa trazê-lo a tudo o que está contido na revelação do Poderoso de Jacó! — But God

Jacó ficou só
No vau de Jaboque,
E ali viu a face de Deus.
E o dia nascido,
Trazendo os seus males,
Achou, no caminho, Israel.



*************

20 de Agosto - Tudo para Ele - Oswald Chambers

"E eu vos aliviarei", Mateus.11.28

Sempre que alguma coisa começar a desintegrar-se em sua vida e comunhão com Jesus Cristo, volte-se imediatamente para ele e peça-lhe que lhe forneça o seu descanso.
Nunca permita a permanência de nada que lhe possa estar a perturbar, tirando-lhe a sua paz. Encare cada elemento que desintegra como algo a ser combatido e não tolerado.
Ore: "Senhor, torna real em mim a consciência da tua pessoa".
A preocupação excessiva consigo mesmo desvanecerá e ele será, então, tudo em todos.

Cuidado para não permitir que essa fixação em si mesmo continue, porque lentamente ela despertará em si a lastimação, algo que é satânico.
"Eu sou um incompreendido; isso é uma coisa pela qual eles deveriam desculpar-se; essa é uma questão que realmente devo tirar a limpo com todos os outros".

Deixe os outros em paz e peça ao Senhor para torná-lo apenas consciente dele; ele só então poderá trazer todo o equilíbrio de volta à sua vida, até que se torne incondicional nele.

Vida total é a vida que qualquer criança tem nela.
Quando alguém se torna consciente demais de si próprio, algo está doentio com ele.
O doente é que sabe o que é saúde.
O filho de Deus não tem consciência da vontade de Deus porque ele é a própria vontade de Deus.

Tão logo nos desviamos da vontade de Deus, começamos a perguntar: "Qual é a tua vontade, Senhor?"


Um filho de Deus nunca ora pedindo-lhe que ele lhe dê consciência das respostas sobre suas orações, porque repousa na segurança que Deus sempre responde aos seus pedidos todos.

Se tentarmos superar a fixação em nós mesmos por qualquer outro método lógico, ela se tornará mais intensa então.
Jesus diz: "Vinde a mim... e eu vos aliviarei", isto é, a consciência da pessoa dele substituirá a nossa preocupação egocêntrica.
Onde Jesus entra, ele dá descanso — um descanso resultante do aperfeiçoamento de toda aquela atividade que não está mais consciente de si própria.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Alegria!


Entristecidos, mas sempre alegres. (2 Coríntios 6.10)

A Tristeza era bela, mas sua beleza era como a beleza do luar, quando passa através dos ramos das árvores na mata e forma pequenas poças de prata pelo chão.
Quando a Tristeza cantava, suas notas soavam como o doce e suave gorgeio do rouxinol, e em seus olhos havia aquele ar de quem cessou de esperar pela vinda da alegria.
Ela sabia, compadecidamente, chorar com os que choram; mas alegrar-se com os que se alegram era-lhe desconhecido.

A Alegria era linda também, e a sua beleza era como a beleza radiante de uma manhã de verão. Seus olhos ainda traziam o riso alegre da meninice, e em seus cabelos pousava o brilho do sol. Quando a Alegria cantava, sua voz se lançava aos ares como a da cotovia, e seus passos eram como os passos do vencedor que jamais conheceu derrota. Ela podia alegrar-se com os que se alegram, mas chorar com os que choram era-lhe desconhecido.

"Nós nunca podemos estar unidas", disse a Tristeza pensativa.
"Não, nunca."
E os olhos da Alegria ficaram sérios, quando respondeu.

"O meu caminho atravessa campos ensolarados; as roseiras mais lindas florescem quando eu passo, para que as colha, e os melros e tordos esperam minha passagem, para derramar seus mais alegres trinados."

"O meu caminho", disse a Tristeza afastando-se vagarosamente, "atravessa a mata sombria; minhas mãos só podem encher-se das flores noturnas.
Contudo, toda a beleza e valor que a noite encerra me pertencem!
Adeus, Alegria, adeus."

Quando ela acabou de falar, ambas tiveram consciência de uma presença próxima; indistinta, mas com um aspecto de realeza.
E uma atmosfera de reverência e santidade as fez ajoelharem-se perante Ele.

"Eu O vejo como o Rei da Alegria", murmurou a Tristeza, "pois sobre a Sua cabeça estão muitas coroas, e as marcas das Suas mãos e pés são sinais de uma grande vitória.
Diante dEle toda a minha tristeza está-se transformando em amor e alegria imortais, e eu me dou a Ele para sempre."

"Não, Tristeza", sussurrou a Alegria, "eu o vejo como o Rei da dor; Sua coroa é de espinhos, e as marcas das Suas mãos e pés são marcas de uma grande agonia.
Eu também me dou a Ele para sempre, pois a tristeza com Ele deve ser muito mais doce do que qualquer alegria que eu conheço."

"Então, nele, nós somos uma" exclamaram com júbilo; "pois somente Ele poderia unir Alegria e Tristeza."

De mãos dadas, saíram elas para o mundo, para segui-lO na tempestade e na bonança, na desolação do inverno e na alegria do verão, "entristecidos, mas sempre alegres".

O servo do Senhor,
Embora entristecido
Pelas coisas que
oprimem
E a batalha cerrada
(Porque os dias são maus.
E os tempos,
trabalhosos!)
Conhece uma alegria
E uma paz interior
Que o mundo não
conhece,
E que ninguém lhe tira;
O gozo e a paz de Deus!


*******************************
Como costumo postar somente mensagens e artigos que prá mim foram importantes, hoje pela manhã, não vi motivo nenhum para postar algo sobre a Alegria...
Mas, durante o dia, Deus, com seu imenso amor e infinita misericórdia, deixou que algo muito bom acontecesse...
Fiquei muito feliz!!! Algo que estava esperando profissionalmente.
Aí pensei: agora posso falar sobre alegria de novo.
Mas nesse momento percebi, como fui envolvida pelas circunstâncias novamente.
Deus quer ser nosso motivo de alegria sempre!
Eu não deveria JAMAIS colocar meus sentimentos de alegria e felicidade em coisas, em situações, em momentos...

Filipenses 4:4 - Alegrai-vos SEMPRE NO SENHOR. Outra-vez digo: ALEGRAI-VOS!


Que bom que Ele sempre nos dá mais outra chance....

Na escola de Deus, acabei de aprender mais uma....
Eu não confiei...
Mas Deus foi fiel, apesar de mim....
ALELUIA!!!!!!!!!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Decepcionada com Deus


Uma audaciosa mensagem do livro de Jó é que você pode dizer qualquer coisa para DEUS. Atire NELE a sua tristeza, a sua ira, a sua dúvida, a sua amargura, a sua decepção - ELE pode absorver tudo.

Com mais freqüência com que se espera, a Bíblia mostra seus gigantes espirituais em luta com DEUS. Preferiam ir embora mancando, como Jacó, do que aceitar o ocultamento de DEUS como resposta final.

A liberdade de expressar os sentimentos não é, todavia, a única lição proporcionada por Jó. Com a visão dos bastidores do que acontece no mundo invisível, aprendemos que um encontro com o ocultamento de DEUS pode desorientar profundamente. Pode nos tentar a encarar DEUS como o inimigo e a interpretar seu "sumiço" como forma de desinteresse.

Essa foi a conclusão de Jó:
"Na SUA ira me despedaçou e tem animosidade contra mim".
Nós que estamos na platéia sabemos que Jó estava errado. Longe de ser abandonado por DEUS, Jó estava sendo objeto de um exame direto, quase microscópico, por parte de DEUS. No exato instante em que estava implorando para apresentar seu caso diante de um tribunal, ele estava realmente participando de um julgamento de significado cósmico - não como promotor apontando o dedo para DEUS, mas como a principal testemunha de um teste de fé.

Um incidente na vida de uma outra famosa personagem bíblica ensina a mesma coisa de uma maneira bem diferente. O profeta Daniel teve um encontro com o ocultamento de DEUS. Daniel se debatia com o problema diário de oração sem resposta. Durante vinte e um dias Daniel se dedicou à oração. Em todo esse tempo clamou a DEUS, mas não recebeu resposta alguma.
Então certo dia Daniel recebeu muito mais do que esperava.
Um ser sobrenatural repentinamente surgiu ao seu lado. O visitante explicou a razão para a longa demora. Fora despachado para responder já à primeira oração de Daniel, mas, tinha enfrentado forte resistência do "príncipe do reino da Pérsia". Finalmente, chegaram reforços, e Miguel, um dos principais anjos, ajudou-o a romper as linhas adversárias.

Não tentarei interpretar essa surpreendente cena do universo em guerra, exceto para registrar um paralelo com Jó. À semelhança de Jó, Daniel desempenhou um papel decisivo na guerra entre as forças cósmicas do bem e do mal. Para ele a oração pode ter parecido fútil, e DEUS, indiferente; mas uma olhadela nos bastidores revela exatamente o oposto.
A perspectiva limitada de Daniel, tal como a de Jó, distorcia a realidade.

Numa época de dificuldade poderão estar envolvidas muito mais coisas do que imaginamos. Requer-se fé para crer nisso, e fé para acreditar que jamais somos abandonados, não importa quão distante DEUS pareça estar.

Philip Yancey no livro "DECEPCIONADO COM DEUS", Ed Mundo Cristão

******************

Não pare de olhar, clamar, chamar por Deus...
mesmo decepcionada, angustiada, humilhada....
apenas confie e descanse!!!


Tristeza?


18 de Agosto - Tudo para Ele - Oswald Chambers

Alguma Vez a Tristeza o Deixou sem Palavras?

"Mas, ouvindo ele estas palavras, ficou muito triste, porque era riquíssimo", Luc.18.23.

O jovem rico retirou-se triste e mudo, nada mais tinha para dizer.
Não tinha dúvida nenhuma quanto ao que Jesus lhe dissera, nem discutiu o sentido das palavras dele e isso produziu nele uma tristeza inexprimível.
Você já se viu nessa situação?
Deus já lhe falou sobre algo que você considera uma riqueza sua — temperamento, gostos pessoais, relacionamentos?
Nesse caso, já se entristeceu muitas vezes ao ponto de não saber o que dizer a Ele.
O Senhor não irá atrás de ti, não lhe fará súplicas, mas todas as vezes que o interpelar com essa mesma questão, ele simplesmente lhe repetirá:

"Se falas a sério quanto a seguir-me, essas ainda serão as condições".

"Vende tudo o que tens", despoje-se moralmente diante de Deus de tudo o que talvez seja uma riqueza, até reduzir-se a um simples ser humano e apenas então ofereça-se a Deus.

Será aí que se trava a mais dura batalha — quando colocamos nossa vontade antes e acima da que Deus tem para nós.
Você está mais voltado para a sua própria ideia daquilo que Jesus deseja, do que voltado para ele?
Se for assim, provavelmente ouvirá uma das suas frases que lhe parecerão duras e que o entristecerá ainda mais.
O que Jesus diz é duro; e só se torna fácil quando o ouvimos com uma disposição igual à que Ele tem.
Tenha cuidado para não deixar que nada torne a palavra dura de Jesus Cristo mais branda do que ela é.
Posso mesmo tornar-me orgulhoso de minha própria pobreza, tão consciente de que não sou ninguém, que nunca poderei ser discípulo efetivo de Jesus por essa razão; ou posso ser tão consciente de que sou alguém que também nunca me tornarei discípulo.
Estarei disposto a esvaziar-me da hiper-consciência de que sou pobre?
É aí que o desânimo ganha pernas para andar.
O desânimo é amor-próprio que se desencantou com algo e esse amor-próprio pode ser o tal amor à minha devoção por Jesus Cristo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Confiaça


Max Lucado
Eu fico a poucos centímetros de um espelho e vejo o rosto de um homem que falhou... falhou com seu Criador.

Novamente. Prometi que não falharia, mas falhei. Eu fiquei quieto quando deveria ter sido intrépido.
Fiquei acomodado quando deveria ter tomado uma posição.

Se esta tivesse sido a primeira vez, seria diferente. Mas não foi. Quantas vezes uma pessoa pode cair e esperar ser pega?

Confiança. Por que é fácil dizer aos outros e tão difícil de lembrar a si mesmo? Deus pode lidar com a morte? Eu disse à mulher que sim. Deus pode lidar com dívidas? Eu me aventurei igualmente com o homem. Deus pode ouvir ainda mais uma confissão destes lábios?

Pergunta o rosto no espelho.

***

Eu sento a poucos centímetros de um homem no corredor da morte. Judeu por nascimento. Fabricante de tendas por profissão. Apóstolo por chamado. Seus dias chamam a atenção. Tenho curiosidade para saber o que dá força a este homem enquanto ele se aproxima de sua execução. Então faço algumas perguntas.


Você tem família, Paulo? Não tenho nenhuma.

E sobre sua saúde? Meu corpo está surrado e cansado.

Quais são suas posses? Eu tenho meus pergaminhos. Minha caneta. Uma capa.

E sua reputação? Bem, não é muita coisa. Sou um herético para alguns, um excêntrico para outros.

Você tem amigos? Tenho, mas até mesmo alguns deles voltaram atrás.

Alguma recompensa? Não na Terra.

Então o que você tem, Paulo? Sem pertences. Sem família. Criticado por alguns. Ridicularizado por outros. O que você tem, Paulo? O que você tem que importa?


Eu sentei silenciosamente e assisti. Paulo fecha sua mão em um punho. Ele olha para o punho. Eu olho para o punho. O que ele está segurando? O que ele tem?


Ele estende sua mão e eu consigo ver. Enquanto eu me inclino para frente, ele abre seus dedos. Eu fito sua palma. Está vazia.


Eu tenho minha fé. É tudo que tenho. Mas é tudo que preciso. Eu guardei a fé.


Paulo inclina-se para trás na parede em sua cela e sorri. Eu me inclino para trás em outra parede e olho fixamente para o rosto do homem que aprendeu que há mais vida do que os olhos enxergam.



Isso é fé. Fé é confiar no que os olhos não conseguem ver.



Os olhos vêem o leão vagando. A fé vê o anjo de Daniel.



Os olhos vêem tempestades. A fé vê o arco-íris de Noé.



Os olhos vêem gigantes. A fé vê Canaã.



Os seus olhos vêem as suas falhas. Sua fé vê o seu Salvador.



Os seus olhos vêem a sua culpa. Sua fé vê o Seu sangue.



Os seus olhos vêem a sua sepultura. Sua fé vê uma cidade da qual o Construtor e Criador é Deus.



Os seus olhos olham para o espelho e vêem um pecador, um fracassado, um quebrador de promessas.
Mas pela fé você olha para o espelho e vê um pródigo recebendo o anel da graça em seu dedo e o beijo do seu Pai em seu rosto.


Mas espere um minuto, alguém pede. Como eu sei que isto é verdade? Boa prosa, mas me dê os fatos.
Como eu sei que estas não são apenas esperanças imaginárias?



Parte da resposta pode ser encontrada nos pequenos saltos de fé da Sara. Sua irmã mais velha, Andrea, estava na sala observando, e eu perguntei para a Sara se ela pularia para a Andrea. Sara recusou. Tentei convencê-la. Ela não mudaria de opinião. “Por que não?”, eu perguntei.

“Eu só pulo para braços grandes”.

Se acharmos que os braços são fracos, nós não pularemos.

Por essa razão, o Pai flexionou Seus músculos. “A incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos”, Paulo ensinou. “Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos” (Ef 1:19- 20).


Da próxima vez que você se perguntar se Deus pode pegá-lo, leia esse versículo. Os mesmos braços que venceram a morte são os braços que esperam por você.

Da próxima vez que você se perguntar se Deus pode perdoá-lo, leia esse versículo. As mesmas mãos que foram pregadas na cruz estão abertas para você.


E da próxima vez que você se perguntar se você sobreviverá ao pulo, lembre-se de mim e Sara. Se um pai de carne e osso como eu pode pegar seu filho, você não acha que o seu Pai eterno pode pegá-lo?

Notas: Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques Almeida Texto original extraído do site www.maxlucado.com Fonte: www.irmaos.com/maxlucado/?id=1270

domingo, 16 de agosto de 2009

Palavras duras para um domingo lindo


As mensagens de hoje, não são do mesmo assunto, mas tocaram o meu coração de uma maneira especial.
Assim como sempre, a Palavra de Deus ainda fala hoje em dia, ele é viva, eficaz...
Como é bom poder confiar em um Deus, que não é invenção de homens, que não é um filme de ficção, ou uma histórinha de água com açúcar.
DEUS É FIEL!
ELE AGE QUANDO DEIXAMOS ELE AGIR!!!!
Deixe Ele falar que com certeza, Ele mostrará a sua vontade...e não se apavore, se nem tudo é como você gostaria que fosse... Ele continua no comando!!!
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16 de agosto - Jóias de Promessas divinas - C.H. Spurgeon - 1990, LEUC

O que encobre as suas trangressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Provérbios 28.13

Esse é o caminho da misericórdia para um pecador culpado e arrependido. Ele tem que parar de acobertar o seu pecado. Tal acobertamento acontece por falsidade, que nega o pecado; por hipocrisisa, que o dissimula; por jactância, que o justifica; por confissão desavergonhada, que tenta compensá-lo.

O que o pecador precisa fazer, é confessar o pecado e renunciar a ele. Os dois precisam andar de mãos dadas. A confissão precisa ser feita honestamente, perante o próprio Senhor e deve ter por conteúdo o reconhecimento do erro, a consciência de sua pecaminosidade e horror diante dele. Nunca devemos atribuir a culpa a outros, nem responsabilizar as circunstâncias, nem desculpar-nos com a nossa fraqueza natural. Devemos dizer tudo francamente, admitindo nossa culpa. Antes que isso seja feito, nenhuma misericórdia nos pode suceder.

E então devemos renunciar ao mal e, de uma vez por todoas, renunciar ao nosso pecado. Não podemos viver em estado de rebelião contra o Rei, e ao mesmo tempo querer ficar em sua proximidade. Temos que desistir do costume pecaminoso, assim como deveremos evitar doravante todos os lugares , os companheiros, as ocupaçõese os livros que nos poderiam desviar do caminho. Não é por causa de nossa confissão nem por causa de nossa mudança de vida mas é em ligação com ambas que experimentamos perdão, através da fé no sangue de Jesus.
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Será que Ele me Conhece...


16 de Agosto - Tudo para Ele - Oswald Chambers

"Ele os chama pelo nome..." João 10.3.

Quando não o entendi, tragicamente? João 20.11-18.
É possível conhecer-se tudo sobre doutrina e mesmo assim Jesus não ser conhecido de nós. Quando nosso conhecimento da pura doutrina ultrapassa a nossa comunhão com Jesus, estamos em real perigo de morte.
Por que Maria conseguia chorar?
Porque a doutrina valia tanto para Maria quanto a relva que ela pisava debaixo de seus pés! Sobre doutrina, qualquer fariseu poderia facilmente envergonhar Maria; mas o que não poderiam ridicularizar, era o fato de Jesus lhe haver expulsado sete demônios, Lucas8:2; no entanto, poder receber as bênçãos de Jesus e poder ver Jesus nunca será a mesma coisa para ninguém.
Maria "viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus"; Jesus disse-lhe, “Maria” - assim que ela ouviu aquela voz, reconheceu que quem lhe falava era a pessoa que ela conhecia. "Mestre!", João 20:14-16.

Quando duvido teimosamente? João 20.24-29.
Terei andado na dúvida sobre alguma coisa a respeito de Jesus — uma experiência de que outros testificaram mas que eu ainda não obtive?
Os outros discípulos contaram a Tomé que tinham visto Jesus, mas Tomé duvidou: "Se eu não vir... de modo algum acreditarei", João 20:25.
Tomé precisava do toque de Jesus.
Não sabemos quando nem como ele nos tocará, mas, quando isso ocorrer, a experiência é indescritivelmente preciosa. "Senhor meu e Deus meu!" João 20:28.

Quando o nego egoisticamente? João 21.15-17.
Pedro chegou a negar Jesus Cristo com pragas e juramentos; após a ressurreição, Jesus teve de aparecer a Pedro individualmente. Primeiro, reintegrou-o em particular para depois o fazer diante dos outros. "Senhor, tu sabes que eu te amo", João 21:17.

Meu relacionamento pessoal com Jesus Cristo tem qualquer história que seja real?
O sinal do discípulado é uma relação pessoal com ele — um conhecimento de Jesus Cristo a qual nada tem como melindrar ou fazer tremer.


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Esperar....esperar.....

16 de Agosto - Mananciais no deserto - Lettie Cowmann



Esperei com paciência no Senhor. (Salmo 40.1.)

Esperar é muito mais difícil do que andar.
Esperar requer paciência, e a paciência é uma virtude rara.
É bom saber que Deus constrói cercas em volta do Seu povo, mas isto se considerarmos a cerca apenas do ponto de vista de proteção.
Porém, quando uma cerca é conservada e, sendo uma cerca-viva, vai crescendo tanto que impede a visão do que está do outro lado, o coração começa a imaginar se algum dia ele sairá daquele pequeno círculo de influência e serviço em que está contido.
E às vezes é difícil para a pessoa entender por que não pode viver numa esfera maior.
É-lhe difícil "brilhar no seu cantinho".

Mas Deus tem um propósito em todos os Seus impedimentos.
"O Senhor firma os passos do homem bom", diz o Salmo 37.23. "E as paradas também", era a anotação que George Müller tinha ao lado desse versículo, na margem de sua Bíblia.

O homem que abrir caminho através das cercas de Deus cometerá um triste engano.
Um princípio vital de orientação é que o crente nunca deve se afastar do lugar onde Deus o colocou, enquanto a Coluna de Nuvem não se mover. — Sunday School Times

Quando aprendermos a esperar sempre a orientação do Senhor em todas as coisas, seremos fortes, teremos a força que nos levará a ter um andar sempre equilibrado e constante.
Muitos de nós estamos sem o poder que tanto desejamos.
Mas Deus nos concede pleno poder para cada tarefa que Ele nos dá.
Esperar, manter-nos fiel à Sua orientação, eis o segredo para obtê-lo.
E qualquer coisa que sair fora desta linha de obediência é desperdício de tempo e energias. Esperemos vigilantes pela direção de Deus.— S. D. Gordon

Uma pessoa que é obrigada a estar quieta, em inatividade forçada, e vê passar diante de si as ondas palpitantes da vida, será que a existência precisa lhe ser um fracasso?
Não; a vitória é para ser conseguida em ficar parado: em uma espera tranqüila.
E isto é muitas vezes mais difícil do que correr nos dias em que podemos estar ativos.
Requer maior heroísmo ficar ali e esperar, sem perder o ânimo nem a esperança; submeter-se à vontade de Deus; deixar com os outros o trabalho e as honras dele; ficar calmo e confiante, regozijando-se sempre, enquanto a multidão feliz e atarefada avança e vai embora. É a vida mais elevada: "Tendo feito tudo, ficar firme". — J. R. Miller
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Para terminar e deixar o seu domingo quero deixar a letra de um hino que me acompanha há muitos anos:

Salmo 40 - Vencedores Por Cristo - Clique aqui para ouvir....
Composição: Guilherme Kerr e Nelson Bolmicar

Esperei confiantemente no Senhor
E Ele se inclinou para mim
E me ouviu quando clamei por socorro.(2x)

(refrão)
E me pôs nos lábios uma nova canção.
Um hino de louvor ao nosso Deus:
Muitos verão essas coisas com temor,
E confiarão no Senhor.

Tirou - me de um poço de lama e perdição;
Colocou - me os pés sobre a rocha
e me firmou os passos. (2x)

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Experiência própria:
Deixa Deus agir, nós não conseguimos acordar um urso em hibernação....
Deus o fará, quando Ele quiser...