quinta-feira, 16 de julho de 2009

Obedecer e Confiar


Porquanto fizeste isso, e não me negaste o teu único filho, ...multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus... porquanto obedeceste à minha voz.
(Gn 22.16-18.)

E desde aquele dia até hoje os homens têm aprendido que, quando, em obediência à voz de Deus, eles Lhe entregam aquilo que lhes é mais caro, essa mesma coisa lhes é devolvida por Ele, multiplicada em mil vezes.
Abraão, atendendo ao pedido de Deus, entrega-lhe seu único filho — e com isto, como que desaparecem todas as suas esperanças com respeito à vida e desenvolvimento do rapaz e à formação de uma descendência nobre, com seu nome.
Mas o filho lhe é restituído; a família torna-se numerosa como as estrelas do céu e a areia do mar, e dela, na plenitude dos tempos, procede Jesus Cristo.
Essa é a maneira como Deus recebe cada sacrifício de Seus filhos.

Entregamos tudo e aceitamos pobreza; e Ele manda riqueza.
Renunciamos a um rico campo de serviço; Ele nos manda um ainda mais rico, e com o qual jamais sonhamos.
Deixamos todas as nossas mais caras esperanças e morremos para o eu; Ele nos manda vida abundante e alegria.

E a coroa disso tudo é o Senhor Jesus Cristo.
Pois não podemos conhecer a plenitude da vida que está em Cristo enquanto não tivermos feito o supremo sacrifício de Abraão.
Ele, o pai terreno da família de Cristo, precisou começar perdendo a si mesmo e a seu próprio filho, como fez o Pai Celeste.
Nós só podemos ser membros daquela família gozando de todos os privilégios e alegrias de membros dela, nas mesmas bases.
Às vezes parecemos esquecer que o que Deus toma Ele consome com fogo; e que o único caminho que leva à vida de ressurreição e ao monte da ascensão passa pelo Getsêmani, pela cruz e pelo túmulo.
Não pensemos que Abraão foi um exemplo único e um caso isolado. Ele foi simplesmente uma ilustração, um modelo da maneira como Deus lida com o homem que se dispõe a obedecer-Lhe a qualquer preço.
Depois de ter suportado tudo pacientemente, ele receberá a promessa.
O momento de supremo sacrifício será de suprema bênção, de bênção transbordante.
O rio de Deus, que está sempre cheio, transbordará e virá sobre ele com abundância de riqueza e graça.
Deus tudo fará para o homem que dá o passo da fé, ainda que pareça um passo no vazio; pois ali, debaixo dos seus pés, ele encontrará a rocha firme.
Lettie Cowmann - Mananciais no deserto

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"Quanto mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que lhe pedirem?" Mat.7.7-11.

Jesus estabelece as regras de conduta para com todos aqueles que têm o seu Espírito.
Com um simples argumento contido nestes versículos, ele incentiva-nos a estar sempre a pensar no controle que Deus exerce sobre todas as coisas, o que significa que o discípulo deve manter tanto uma atitude de perfeita confiança quanto o anseio de pedir e de buscar.
Programemos nossa mente com o conceito de que Deus está presente.
Depois que a mente toma consciência dessa mesma verdade, quando estivermos em dificuldades, tão fácil quanto respirar será pensar assim:

"Ora, meu Pai está vendo tudo!"

Isso não exigirá nenhum esforço; acontecerá naturalmente quando sobrevierem problemas. Antes disso, porém, o normal seria procurar uma pessoa ou outra para nos ajudar; agora, a noção do controle divino começa a ser formado com grande intensidade em nós que buscamos uma solução de Deus para tudo.
Jesus estabelece as regras de conduta para aqueles que têm o seu Espírito e o princípio básico é:
Deus é meu Pai;
ele me ama;
nenhum detalhe de minha vida que eu possa imaginar será esquecido por ele;
por que razão estarei eu a preocupar-me?

Há ocasiões, diz Jesus, em que Deus não pode remover as trevas da nossa vida; mas confiemos nele mesmo assim.
Deus parecerá ser um amigo insensível, mas não o é;
parecerá ser um Pai anormal, mas não o é;
parecerá ser um juiz injusto, mas não o é.


Mantenhamos cada vez mais forte a convicção de que em tudo existe um desígnio de Deus.
Nada acontece, nem situação nenhuma, sem que a vontade de Deus assim o determine; portanto podemos descansar em perfeita confiança nele.
Orar não é apenas pedir, mas é uma atitude de coração que produz o clima no qual pedir é perfeitamente natural.

"Pedi e dar-se-vos-á", Mat.7:7.

Oswald Chambers - Tudo para ELE.

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