domingo, 26 de julho de 2009

Alegria na espera


26 de Julho - Mananciaos no deserto - Lettie Cowmann

Nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé.
(Gálatas 5.5)

Há momentos em que tudo nos parece muito escuro — tão escuro que temos de esperar até mesmo a esperança.
Esperar já não é agradável, mesmo tendo esperança.
A demora em se realizar uma esperança nos faz sofrer; mas esperar a própria esperança, não ver nenhum lampejo no horizonte, e contudo recusar o desespero; nada ver ante a janela senão noite, e contudo conservá-la aberta para um impossível aparecimento de estrelas; ter um lugar vazio no coração e contudo não consentir que o ocupe uma presença inferior — nisto consiste a maior paciência do universo.

É Jó na tempestade.
É Abraão no caminho de Moriá.
É Moisés no deserto de Midiã.
É o Filho do homem no jardim do Getsêmani.

Não há paciência mais difícil que a do que fica firme, "como quem vê aquele que é invisível": é a espera pela esperança.
Tu, Senhor, fizeste bela a espera; Tu fizeste divina a paciência.
Tu nos ensinaste que a vontade do Pai pode ser recebida, simplesmente porque é a Tua vontade. Tu nos revelaste que uma alma pode ver no cálice apenas tristezas, e contudo tomá-lo, sabendo que o olho do Pai vê melhor do que o seu.
Dá-me esse Teu poder divino, o poder do Getsêmani.
Dá-me o poder de esperar pela própria esperança, de ficar olhando pela janela, embora não haja estrelas.
Mesmo que se afaste a própria alegria que me foi dada, concede-me o poder de ficar invicto no meio da noite e dizer: "Aos olhos de meu Pai ainda deve haver razão para alegria."
Alcançarei o clímax da força, quando tiver aprendido a esperar a esperança. — George Matheson
Esforce-se para ser um daqueles — bem poucos! — que andam na terra com a consciência vivida de que o desconhecido que os homens chamam de Céu está "ali mesmo atrás da cena visível das coisas".

Nenhum comentário: