sexta-feira, 6 de março de 2009

Raquel – a história.


Ser atraente como Raquel, por quem Jacó se dispôs a pagar catorze anos de árduo trabalho.

A beleza de Raquel é destacada, mas como todos os personagens bíblicos, ela é tão humana quanto qualquer uma de nós.
Teve seus momentos de desespero... querendo ter filhos, competia com a irmã... teve ciúmes, tinha ídolos, tentava dar um jeitinho nos seus problemas, esquecendo que Deus tem tudo em suas mãos.
A beleza dela não é mais comentada.
Seu filho José tem uma linda história, mas o filho de Deus, Jesus é descendente do filho de sua irmã.
Ela morre, é enterrada, mas é Lia que é enterrada junto com seu marido Jacó.
Frutos da desobediência? Consequencias do pecado?
Não sei. Quem sou eu para julgar. Se estivesse no lugar dela, será que não agiria igualzinho??? Só eu sei como ajo e reajo nas adversidades....( e algumas pessoas que me conhecem de perto...)

Apesar disso temos a aprender com ela sim. Percebemos um crescimento na sua intimidade com Deus. Ela aprendeu com as adversidades. Aprendeu a confiar. Percebeu que a beleza, por si só não traz felicidade.

Como eu serei lembrada? Pela beleza? Pela fidelidade? Pela fé? Pela obediência? Ou...
Que mulher Deus quer que seja?
Que possamos deixar DEUS nos mostrar e nos moldar.
Que obedeçamo, apesar de tudo...(Tina)


Abaixo um texto adaptado de Mara Bueno Consani: Raquel.

Significado do nome: ovelha
Gênesis 29 a 35

Seria melhor ser bela e amada e não ter filhos ou não ser amada, feia e ter uma casa cheia de crianças?

O pai de Raquel, Labão, prometera a filha ao sobrinho, Jacó, desde que ele trabalhasse sete anos em sua propriedade. Sete anos era um prazo longo para esperar um marido. Todavia, Jacó considerara essa uma boa troca e Raquel o amou ainda mais por isso.
Quando se aproximou o dia do casamento, Labão inventou uma estratégia para conseguir mais sete anos de trabalho por parte de Jacó. O dia feliz de Raquel se desfez em pedaços no momento em que o pai mandou que a irmã mais velha, Lia, se disfarçasse colocando as roupas nupciais de Raquel.
Quando escureceu, ele levou Lia, com um véu no rosto, até a tenda de Jacó, e os dois dormiram juntos como marido e mulher. Quando a luz da madrugada invadiu suavemente a tenda, Jacó virou-se para Raquel, mas só encontrou Lia a seu lado. A traição de Labão o atingiu em cheio. Apesar do engano, das recriminações e das lágrimas, o casamento não podia ser desfeito.
Raquel, porém, sentiu-se arruinada, com sua benção roubada. O plano distorcido de Labão continuava, no entanto, a pleno vapor. Ele fez outro negócio entregando Raquel a Jacó, na semana seguinte, em troca de mais sete anos de trabalho. As duas irmãs viviam, agora, constrangidas, morando juntas e os filhos de Lia constituíam uma lembrança dolorosa de que Raquel, a segunda esposa, continuava estéril.
- Dá-me filhos, senão morrerei – ela gritou a Jacó certo dia, como se ele pudesse tomar o lugar de Deus e fazê-la conceber. Raquel deu, então, ao marido sua criada Bila, que engravidou e teve dois filhos. Quando Naftali, o segundo filho, nasceu Raquel proclamou para quem quisesse ouvir:
A amargura de Raquel foi novamente aliviada quando ela deu à luz um filho, a quem chamou José, que significa “possa ele acrescentar” – uma oração profética de que Deus acrescentaria ainda outro filho à sua linhagem.
Certo dia, depois de mais de vinte anos, Deus disse a Jacó que voltasse à terra de Isaque, seu pai. Enquanto Jacó preparava a partida, Raquel roubou os deuses do lar do pai, pequenos ídolos que se julgava assegurariam a prosperidade. Depois de dez dias na estrada, Labão foi encontrá-los nas terras montanhosas de Gileade acusando o genro de roubo. Sem saber o que Raquel fizera, Jacó convidou Labão a revistar o acampamento, prometendo matar quem quer que fosse descoberto com os ídolos.
Tendo aprendido com o pai algumas trapaças, Raquel colocou os ídolos numa sela e sentou-se sobre ela. Quando Labão entrou na tenda, ela o cumprimentou com astúcia feminina dizendo:
- Não te agastes, meu senhor, por não poder eu levantar-me na tua presença; pois me acho com a regra das mulheres (Gn 31.35).
O artifício dela deu certo, da mesma forma que o de Jacó ao enganar o pai muito tempo antes e Labão finalmente desistiu da busca. Mais tarde, Jacó mandou retirar todos os velhos ídolos de sua casa.
Enquanto atravessavam o deserto, Jacó encontrou-se com o irmão, Esaú, e os dois se reconciliaram. Mas a tragédia em breve se abateria sobre a família, quando Raquel teve dificuldade em dar à luz um segundo filho, resposta de suas muitas orações. Ironicamente, a mulher que dissera certa vez que morreria se não tivesse filhos, agora estava à beira da morte por causa de um filho. As últimas palavras de Raquel foram:
- Ele é Benoni, o filho do meu sofrimento.
Essas palavras mostram a angústia pela qual passou no nascimento desse filho.
Jacó, porém, colheu a criança nos braços e, com a ternura de um pai, chamou-o de Benjamim: “o filho da minha mão direita”.
Como o marido, a formosa Raquel tanto foi autora de planos astuciosos como vítima deles. Enganada pelo pai, encarava os filhos como armas no conflito com a irmã. Como acontece freqüentemente, as lições da traição e da competição foram passadas de geração para geração.

Seu caráter: Manipulada pelo pai, tinha pouco controle sobre as circunstâncias e os relacionamentos de sua vida. Em vez de lidar criativamente com as situações difíceis, comportou-se como uma vítima, reagindo ao pecado com mais pecado, piorando as coisas ao competir com a irmã e enganar o pai.

Seu sofrimento: Seu desejo de ter filhos levou-a à morte no parto.

Sua alegria: O marido a amava e fazia todo o possível para torná-la feliz.

Sua promessa: Gênesis 30.22 diz: “Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda”. Deus lembrou-se de Raquel, mas nunca havia, na verdade, se esquecido dela. Quando a Bíblia usa a palavra lembrar, isso não significa que Deus de esquece e depois recorde subitamente. Como se Deus onisciente e Todo-poderoso do universo batesse de repente na testa com a mão e dissesse: “Xiii! Esqueci de Raquel! É melhor fazer alguma coisa depressa!”
Não. Quando a Bíblia diz que Deus lembrou-se de algo, expressa o amor e a compaixão de Deus por seu povo. Lembra-nos da promessa feita por Ele de nunca nos abandonar nem nos deixar sem apoio ou alívio. Ele nunca nos abandonará. Jamais nos esquecerá. Sempre se lembrará de nós.


Medite : Gênesis 30.1-24

Louve a Deus: Porque Ele não nos esquece nem por um momento. Ele está presente e atento, conhece nossos mais íntimos desejos, mesmo quando temos certeza de que Ele nos perdeu de vista.

Agradeça: Por Deus ser o único Criador. Por causa dEle, toda vida humana é sagrada.

Confesse: Que algumas vezes usamos nossos filhos, maridos, lares ou até o tamanho da nossa conta bancária para competir com outras mulheres.

Peça a Deus: Que ajude você a formar amizades sinceras com outras mulheres, a fim de que experimente a alegria de ter irmãs em Cristo.

Eleve o coração: Pense em uma mulher que gostaria de conhecer melhor nos próximos meses. Anote o telefone dela e marque um encontro para um almoço ou um passeio. Faça o possível para separar um tempo para conversar, a fim de começar um relacionamento. Um especialista afirma que é preciso cerca de três anos para constituir uma amizade sólida. Não perca nem mais um minuto!

Oração: “Pai, perdoa-me por permitir que a minha identidade se baseasse no tipo de esposa ou mãe que sou ou no emprego que tenho. Não quero ver outras mulheres como rivais, mas, sim, como amigas em potencial e até como companheiras espirituais. Peço que me leves às amizades que almejo e que me ajudes a ser paciente durante o processo. Amém.”

Um comentário:

Anjo de Justiça disse...

Graça e Paz, olha o seu blog, é muito bom, excelente, Deus continue derramando chuvas de bençãos em sua vida