quarta-feira, 4 de março de 2009

Atraente como Raquel


Ser atraente como Raquel, por quem Jacó se dispôs a pagar catorze anos de árduo trabalho.

Imagino que esse é o sonho de qualquer mulher. O querer ser atraente, ser bela é uma das principais características da mulher.
É essa também é uma das primeiras características que despertam a atenção no sexo oposto.
E foi exatamente isso que aconteceu entre Raquel e Jacó.
Após reparar na beleza, paixão à primeira vista. Paixão....Amor...
Versículos como:

“enganosa é a graça e vã a formosura.....Provérbios 31”
“não seja o adorno das esposas o exterior 1 Pedro 3;”

são nos ensinados desde o início de nossa caminhada na fé.
Encontramos estudos e mais estudos abordando diversos aspectos da beleza, interior, exterior, adornos, roupas...
As revistas, jornais, TV estão repletos de reportagens incentivando a beleza.
Estudar essa característica feminina sob o aspecto feminino tem sido meu objetivo nos últimos dias.
O meu objetivo com esse estudo não é questionar, nem julgar, nem comentar sobre os aspectos externos que compõem a beleza.
Sei que temos diferentes maneiras de pensar sobre alguns aspectos entre as mais diversas denominações e igrejas.
Procurei realmente estudar a IMPORTÂNCIA da beleza feminina, como um todo.
Se Deus na criação, viu que tudo era bom, é claro que nós, suas criaturas, filhas e filhos, feitos à sua imagem e semelhança por ele somos perfeitas aos seus olhos.
Pela diversidade de aspectos, vou compartilhar diversos estudos em diversos dias...


Sobre adornos encontrei um estudo muito completo de Elizabeth Zekveld Portela, O "Adorno" da Mulher Cristã: proibição ou privilégio?
Especificamente nos pontos em que ela trata da beleza é que me baseio hoje e transcrevo a seguir, destacando os pontos que considero importantes nesse estudo:

A Capacidade Humana de Apreciar a Beleza é um Dom Divino

A Percepção da Perfeição

Foi Deus quem nos deu a capacidade de reconhecer, apreciar e desejar a beleza, como também de criá-la, ainda que de maneira imperfeita e finita. Faz parte da imagem de Deus em nós, distorcida pelo pecado, mas ainda existente nos seres que ele criou. É através da beleza, da perfeição e da precisão de sua criação que ele comunica a sua existência, personalidade e glória a nós, seres humanos (Salmo 19). E, apesar da nossa distorcida apreensão moral, ele continua nos dotando com os cinco sentidos, com os quais podemos e devemos perceber e nos encantar com a perfeição de cores e simetria, melodia e harmonia, fragrância e aroma, leveza e maciez, sabor e doçura. Somente os seres humanos têm essas percepções. Todas essas qualidades podem ser personificadas numa única mulher, especialmente quando ela desenvolve os dois lados do seu ser – completando e aperfeiçoando a sua formosura e elegância exterior com a graça e excelência do seu espírito interior.

A Percepção da Imperfeição
Também faz parte da imagem de Deus em nós a rejeição inata, pelos nossos sentidos, das coisas imperfeitas — desbotadas ou assimétricas, destoantes ou desarmoniosas, mal-cheirosas ou sufocantes, grosseiras ou ásperas, insípidas ou amargas. A imperfeição e deformação nunca foram obra nem desejo de Deus. São resultados do pecado, do trabalho de Satanás no mundo. Ele nos mutilou não somente na alma, mas também na nossa aparência. É raro não termos algo desproporcional, torto ou até feio em nosso rosto ou corpo. E quando, porventura, nascemos e crescemos belos, em pouco tempo o clima, as doenças, os vícios e a velhice começam a devastar a nossa beleza . Alguém filosofou que "começamos a morrer no dia em que nascemos." Por isso, em Eclesiastes 12, Salomão alerta os jovens quanto à efemeridade da vida e à importância de dar valor ao seu relacionamento espiritual, descrevendo de maneira inesquecível e marcante a triste deterioração do corpo que acompanha o envelhecimento.

O valor da beleza na Bíblia
É interessante notar que Deus inspirou Moisés a registrar que as esposas amadas pelos três pais da fé — os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó — foram todas lindas. Sara era sobremaneira formosa ao ponto de ser cobiçada por reis, Rebeca mui formosa de aparência e Raquel formosa de porte e de semblante (Gn 12.14; 24.16; 29.17). Enquanto isso, Lia tinha os olhos baços e a diferença na beleza física é a única razão (registrada, pelo menos) para o fato de que Jacó amou mais a Raquel do que a Lia — a quem até desprezou (Gn 29.17, 30, 31). Deus também deixou registrada a importância e o impacto que a beleza física de mulheres, esposas e noivas teve nos reis, como Davi e Salomão (1 Sm 25.3; 2 Sm 11.2; 1 Rs 11; Ct 1.10). Tudo concorre para indicar que os homens realmente refletem a capacidade divina de apreciar a harmonia e a estética da beleza externa e, também, que tendem a procurar e apreciar companheiras belas.

Na sua palavra, Deus usa o contraste entre a perfeição e a imperfeição física, tanto a estética quanto a corpórea, para ilustrar não somente a miséria do nosso pecado mas especialmente a beleza da nossa restauração espiritual. Já vimos a passagem em Ezequiel 16 em que Deus descreve como ele vestiu e adornou a mulher representando Judá, e como ele a deixou feia e nua por causa do seu pecado. E Paulo foi divinamente inspirado, na sua carta aos Efésios, a comparar a igreja que Cristo está preparando para si à maneira como muitas mulheres sonham ser na sua aparência externa, e que muitos homens almejam encontrar nas suas companheiras — "gloriosa, sem mácula, sem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito" (Ef 5.27).

Roupas práticas, ou bonitas também?
Existe, portanto, na mente humana, a capacidade de imaginar e reconhecer a aparência ideal, bela ou perfeita. A aparência agradável, porém, é atingível numa infinita variedade de combinações por causa da criatividade do nosso Deus. Visualizamos essa criatividade não somente nos seres humanos mas também no resto da criação. É Jesus quem chama a nossa atenção para a beleza das flores no campo, falando, curiosamente, sobre a nossa preocupação com o que vestimos (Mt 6.28-30):
E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?

Jesus diz que podemos confiar em Deus para providenciar tudo que precisamos, inclusive as roupas. E ele nem nos leva a refletir sobre a utilidade dos nossos trajes no sentido óbvio e esperado de proteção contra nudez, calor e frio.Em vez disso, ele fala da beleza das flores – uma beleza tão grande que tira o fôlego de qualquer um que realmente pára com o propósito de olhá-las, tanto de perto quanto de longe. E ele nos pergunta quanto mais não deveríamos esperar daquele que veste assim as flores que são tão transitórias e tão insignificantes em termos de valor real.


A Superioridade da Beleza Interior

Deus, portanto, criou e permite a beleza do universo e da humanidade. Faz parte da nossa natureza apreciá-la e querer estar na presença dela. Mas, muitas vezes, nós não a temos por completo e nem temos acesso a todos os recursos necessários para alcançá-la. Quando, porém, somos filhos de Deus, começamos a compreender que não foi apenas a beleza externa que foi corrompida pelo pecado. O nosso espírito — a nossa personalidade, o nosso caráter, as nossas atitudes — tudo ficou horrivelmente desfigurado com a queda de Adão e Eva. Isso afetou os nossos relacionamentos — tanto o vertical quanto os horizontais.

A nossa redenção, a nossa volta à perfeição, começa internamente quando confessamos Jesus como nosso Salvador e Senhor. Deus espera que a nossa maior preocupação agora seja com o desenvolvimento e a expressão do nosso lado espiritual – o homem interior do coração demonstrando a sua piedade pelas boas obras (1 Pe 3.4: 1 Tm 2.10). O crescimento espiritual faz com que, apesar de sermos muito mais sensíveis à beleza que pode ser encontrada em tantas coisas e seres que nos cercam, somos capazes de apreciá-la sem fazer questão de tê-la. O ter e o aparecer não têm mais a mesma importância, exceto quando nos são úteis em nosso serviço ao nosso precioso Deus. E o mais maravilhoso de tudo é que ainda que a beleza externa humana não exista ou se desvaneça com o passar do tempo, a beleza interna pode crescer e dar expressão agradável ao corpo.

Equilibrando as Duas Belezas

O nosso entendimento não deve, portanto, parar aqui, pois é exatamente esta compreensão (que a beleza interior é infinitamente superior à exterior) que torna uma comunidade cristã tão especial. Pessoas fisicamente feias ou deformadas são sinceramente respeitadas e amadas por seu caráter, dons e atitudes. Há lugar para todos. Não é preciso ser bonito, rico, elegantemente vestido ou adornado para ter aceitação entre nós.

Por outro lado, a beleza externa pode ser promovida e utilizada para glorificar a Deus, sempre dentro do contexto das palavras de Pedro — com decência, modéstia e bom senso. A beleza natural pode ser realçada, os defeitos ocultados, as marcas do tempo atenuadas, as gorduras e celulites combatidas, as roupas serem modernas, elegantes e combinadas.

Mas quando a mulher que se diz cristã gasta mais tempo, dinheiro e esforço com a sua aparência física de que com o desenvolvimento do "fruto do espírito" (como a mansidão e a tranqüilidade que Pedro cita), algo está muito errado.


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2 comentários:

Léia Silva disse...

Olá Tina, todo dia venho te fazer uma visita, esperando um novo post!
Vc é uma benção esses estudos são ótimos para ministrar na igreja para as mulheres.Gosto muito de estudar a biblia, então tudo que vc tiver e for possivel me enviar, vou te agradecer, pode mandar para meu email!
Bjos e a paz do Senhor!!!!!

betty portela disse...

Oi Tina, obrigada por me citar. Fico lisongeada.
Se quiser, pode dar uma visitadazinha no meu Blog, www.cronicasdocotidiano.com
Abs, Betty Portela