quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Não temas!

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Não temas, filho! - Sofonias 3.15-16 
- por Alberto M de Oliveira

“O SENHOR afastou as sentenças que eram contra ti e lançou fora o teu inimigo.
O Rei de Israel, o SENHOR, está no meio de ti; tu já não verás mal algum. Naquele dia, se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se afrouxem os teus braços.”

Israel já estava sob o domínio da Assíria há cerca de um século antes da mensagem de Sofonias. Josias é o rei de Judá e está no meio de uma reforma, ainda que primitiva, na tentativa de desfazer a apostasia de seu avô Manassés (1), por volta do ano 628 aC, duodécimo ano de seu reinado (2). Esta reforma (tanto física como espiritual) foi possível devido ao enfraquecimento do poder Assírio, desde a morte do imperador Assurbanipal. A reforma espiritual começou, após o início da reforma no templo, quando descoberto o livro da Lei. O enfoque do verso de hoje é sobre o Dia do Senhor, uma profecia escatológica com uma mensagem de esperança ao remanescente de Israel.

Por que não temer?
  • 1- porque “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”inclusive as coisas ruins (3); 
  • 2 - porque o Senhor é Soberano sobre todas as coisas; 
  • 3 - porque temos promessas Suas de um futuro de glória e um presente de auxílio nas dificuldades.

Aplicação: Durante o tempo da glória de Israel, e das lutas conquistando a terra de Canaã, estes viram nações ímpias serem julgadas pelo Senhor. Após a divisão do reino, com a morte de Salomão e a ascensão de Roboão ao trono (4); em Norte e Sul (Israel e Judá, respectivamente), Judá viu a infidelidade de Israel ser castigada. Ainda assim, Judá conseguiu transgredir mais ainda as Leis do Senhor, do que a sua irmã Samaria (5), recebendo como castigo o cativeiro. Com isso não quero dizer que devemos seguir e obedecer ao Senhor por medo. Mas isto afirma que nossa índole é naturalmente inclinada ao pecado (pecamos por sermos pecadores – e não o contrário), devido a Queda no Éden. Mas o Senhor não cansa de nos chamar, e os exemplos são um convite ao arrependimento. O problema dos eventos acima foi à falta de arrependimento. Ou seja, podemos sempre nos arrepender de nossos pecados, e obter o perdão através de Cristo, vendo o exemplo de outras pessoas que pagaram um alto preço por seus erros.

Há um ditado que diz que o inteligente aprende com seus próprios erros, mas o sábio aprende com o erro dos outros. Não sei você, mas sábio eu não fui. O meu clamor é que você seja sábio! Que entenda que a soberania de Deus não apaga a responsabilidade de nossas atitudes, ou seja, nossos erros têm perdão, e igualmente têm consequências, mas há tempo para o arrependimento.

A boa notícia é que, caso você não seja sábio, como eu não fui, você ainda pode ser inteligente e aprender no “cativeiro”. Não podemos é endurecer o coração.

Se na história de Israel, vemos muitas vezes o Senhor sendo descrito como um guerreiro que ajuda, ataca e destrói Seus inimigos (e de Israel), neste momento a ajuda do Senhor é defensiva, protetora. No verso cinco vemos a figura ameaçadora do Senhor, trazendo luz e julgamento. No verso dezesseis observamos a garantia da presença do Senhor (Jesus, conforme promessa de Mateus 28.20) ao nosso lado, nos encorajando, assim como fez aos que restaram do cativeiro. Não sei como tem sido, ou como está a sua vida, mas posso aconselhar: deixe o Senhor trabalhar em você, não endureça o coração. Segundo Meyer: “Ele (Jesus) transformará nossas tristezas em hinos; expulsará os nossos inimigos e inverterá nosso cativeiro (...). Os que estiverem cheios de tristezas e carregam o fardo de vergonha (...) serão confortados (...). os cativos serão libertos e os dispersos trazidos de volta ao lar (6)”. Talvez a operação de Deus esteja doendo – mas o propósito dela é de nos purificar. Em Sua ternura, Ele se põe ao nosso lado. Não necessitamos entrar em neuroses do porque algo está acontecendo. Se for algo a se consertar com o Senhor, basta se arrepender e mudar de posição. O Senhor faz de tudo para que nos aproximemos do Seu perdão através da cruz. Se parecer que o “cativeiro é de graça”, descanse, pois em tudo há propósitos dEle. Não temamos o passar tribulações, pois para os pecadores arrependidos, o Dia do Senhor é dia de júbilo. Aproveite as oportunidades e lembre-se, se não puder ser sábio – seja ao menos inteligente.

Referências:
(1) Novo Comentário Bíblico São Jerônimo – AT, Raymond E Brown, Joseph A Fitzmyer e Roland E Murphy (editores) – Academia Cristã e Paulus, p. 523;
(2) 2Crônicas 34.1-7;
(3) Romanos 8.28;
(4) 2Crônicas 10.1-15;
(5) Ezequiel 23.3-11;
(6) Comentário Bíblico devocional do Velho Testamento - F B Meyer – Betânia, p. 446.



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