quarta-feira, 26 de maio de 2010

com muito louvor


"Deus não rejeita oração
Oração é alimento...
Nunca vi um justo sem resposta ou ficar no sofrimento
Resta somente esperar o que Deus pode fazer
Quando Ele estende suas mãos
É a hora de vencer
Então louve, simplesmente louve
Tá chorando louve, precisando louve
Tá sofrendo louve, não importa louve
Teu louvor invade o céu...
Deus vai na frente abrindo o caminho
Quebrando as correntes, tirando os espinhos
Ordenas aos anjos pra contigo lutar
Ele abre as portas pra ninguém mais fechar
Ele trabalha pra os que nele confia
Ele caminha contigo de noite ou de dia
Erga suas mãos, sua benção chegou
Comece a cantar com muito louvor
Com muito louvo, com muito louvor
Com muito louvor...
Agente precisa entender o que Deus está falando
Quando Ele fica em silêncio é
Porque está trabalhando
Resta somente esperar..."
Cassiane - Com muito louvor

terça-feira, 25 de maio de 2010

PORTAS ABERTAS



No dia 12 de abril de 2010, postei neste blog uma notícia sobre duas moças que iriam ser julgadas por amarem a DEUS.

Hoje recebi a seguinte notícia:
Jovens cristãs são inocentadas de todas as acusações
DEUS É FIEL E CONTINUA MOSTRANDO O SEU PODER... CONFIE E CREIA VOCÊ TAMBÉM.

"O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre." Salmo 73.26


Abaixo a notícia na íntegra:
Após 14 meses de sua prisão por suas atividades cristãs, Maryam Rostampour e Marzieh Amirizadeh foram inocentadas de todas as acusações contra elas. No entanto, as autoridades iranianas alertaram que futuras atividades cristãs no Irã terão consequências sérias.

No sábado, dia 22 de maio de 2010, as jovens deixaram o Irã e chegaram em segurança a outro país. Sam e Lin Yeghnazar, fundadores do ministério Elam e pais espirituais de Maryam e Marzieh, as encontraram no aeroporto. Foi uma reunião emocionante.

“Ficamos muito felizes ao reencontrá-las. Agora, queremos vê-las descansadas e recuperadas”, afirma Lin Yeghnazar.

Maryam e Marzieh querem agradecer a todos os cristãos que oraram por elas. “Somos muito gratas a todos que oraram por nós. Não tenho dúvidas de que Deus ouviu a oração do seu povo”, disse Marzieh. “Acredito que nossa prisão e nossa liberação aconteceram no tempo e plano exatos de Deus, e foram para Sua glória. Mas as orações nos encorajaram e nos sustentaram durante essa provação”, acrescentou Maryam.

As duas jovens mostraram muita coragem, ousando dizer ao juiz que elas nunca negariam sua fé em Cristo. Quando Sam Yeghnazar contou para elas que esse exemplo encorajou centenas de pessoas em todo o mundo, elas responderam: “Somos seres humanos frágeis, com muitas fraquezas. Que toda a honra e glória sejam ao Senhor, que nos guardou e nos usou, apesar de não sabermos por que Ele nos escolheu. Toda a glória seja dada a Ele”.

Maryam e Marzieh foram presas em março de 2009 por causa de sua fé em Cristo, e foram muito pressionadas para negar Jesus. Elas enfrentaram diversos interrogatórios, semanas de confinamento na solitária, e condições precárias na prisão. Ambas ficaram muito doentes durante o período de encarceramento e não receberam o tratamento médico necessário, o que aumentou o sofrimento.

Apesar de tudo isso, elas permaneceram fiéis a Jesus Cristo, e não o negaram. Depois de receberem a liberdade condicional em novembro de 2009, elas aguardaram seis meses até que o caso fosse ouvido no tribunal.

“Vimos o Senhor realizar milagres muitas vezes. Ele nos sustentou e nos abençoou na prisão, e também durante o período de espera pela audiência final”, declara Marzieh.

Tradução: Missão Portas Abertas

sexta-feira, 21 de maio de 2010

amigos


21 de maio - Pão Diário
Amigo de verdade

Provérbios 17:17 - Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão.
(João 15:15b).[Jesus disse:] Eu os tenho chamado amigos

Quantos amigos de verdade você tem? 
Para quantas pessoas você pode dizer tudo o que sente e pensa, sem medo de ser julgado ou ridicularizado? E quantos são os que dizem toda a verdade a seu respeito, por mais dolorosa que seja, simplesmente por amarem você e desejarem vê-lo bem? 
Estes são nossos amigos verdadeiros – e eles não são muitos. 

Não são os que estão conosco enquanto temos o que lhes oferecer; amigos são aqueles que estão ao nosso lado simplesmente porque gostam de nós. E pronto!
Leia novamente o versículo em destaque. (João 15:15b).[Jesus disse:] Eu os tenho chamado amigo.
É impressionante pensar que Jesus chama seus seguidores de amigos e não de servos. 
Jesus fez um upgrade em nossa relação com ele. 
E mais: por amizade e amor ele entregou sua própria vida (João 15:13). 
Você teria coragem de morrer por algum amigo seu? 
Como você consideraria um amigo que tivesse essa coragem? 
Pois bem, Jesus teve! 
Ele é o melhor amigo que alguém pode ter! 
A amizade é uma das relações mais frutíferas e indispensáveis ao ser humano. 
Quem não tem amigos é uma pessoa incompleta, pois não encontra no outro o espelho de que necessita para se enxergar melhor e, assim, crescer! 
Amigos têm prazer em conviver, partilhar, realizar projetos, dar risadas, relembrar o passado, projetar o futuro. 
É assim a sua relação com Deus? 
Tão prazerosa e bonita quanto – se não mais ainda – uma amizade verdadeira entre seres humanos pode ser?
Jesus quer ser amigo de todos – e para ser seu amigo é preciso obedecer a ele (João 15:14).


Enquanto esteve aqui, ele foi amigo de “pecadores” – como prostitutas e coletores de impostos, desprezados pelos religiosos de sua época. 
Isso mostra que Jesus usa critérios bem diferentes dos nossos na hora de escolher seus amigos. 
Seja você também amigo de Jesus e um bom amigo de quem quer que seja, para que mais pessoas conheçam seu Amigo de Verdade. - Wanderley de Mattos Jr - São Paulo/SP
Ter amigos é importante,

mas ser amigo de Cristo é vital.

O Pão Diário é uma publicação da rádio transmundial: http://www.transmundial.com.br

sábado, 15 de maio de 2010

Maravilhoso


Senhor meu Deus, Quando eu maravilhado,
Fico a pensar nas obras de Tuas mãos
O céu azul de estrelas pontilhado,
O seu poder mostrando a criação.

Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.
Então minh' alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.

Quando a vagar nas matas e florestas
O passaredo alegre ouço a cantar
Cruzando os montes, vales e florestas
O Teu poder mostrando a criação.

Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.
Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.

Quando eu medir o Teu amor tão grande
Teu Filho dando ao mundo pra salvar
Na cruz verteu seu precioso sangue
Minh'alma pôde assim purificar.

Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.
Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.

E quando enfim, Jesus vier em Glória
E ao lar celeste então me transportar
Eu adorarei, prostrado e para sempre
Quão grande és Tu, meu Deus, hei de cantar.

Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.
Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão Grande és Tu.

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Quão Grande És Tu
Letra e Música: Carl Boberg 1859-1940)
Esta história começa na Suécia. Carl Boberg nasceu em Monsteras, na Costa sudoeste da Suécia, em 16 de Agosto de 1859. Seu pai era carpinteiro num estaleiro de navios, e sua casa dava bem para o estuário do rio Monsteras. Carl converteu-se aos 19 anos de idade. Num certo domingo, quando ia para a reunião, encontrou-se com alguns jovens pouco mais velhos do que ele, os quais insistiam para que fosse jogar em sua companhia e de algumas garotas amigas. Carl, que esperava encontrar, na reunião, o pregador que anteriormente tinha tocado profundamente em seu coração, e, não querendo perder o seu novo sermão, não aceitou o convite dos amigos.

A mensagem do pregador, naquele domingo, sobre o pecado e a graça foi direta ao coração de Boberg. Após a reunião, todavia, vagueou de um lado para outro sob profunda convicção de pecado, a tal ponto que, ao chegar a uma campina, caiu de joelhos e confessou-se um pecador irremediavelmente perdido. Nesse estado de espírito buscou o perdão, orando dia e noite, até que, ouvindo um menino tentando aprender de cor o versículo de João 14.13, que diz: "Tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei", a sua constante repetição fez com que ele compreendesse a verdade e assim encontrasse perdão e paz, simplesmente aceitando as palavras de Cristo.

Quatro anos mais tarde, no verão se 1885, Boberg escreveu o poema "O Store Gud", que conhecemos agora como "Quão Grande és Tu", e que foi publicado pela primeira vez em "A Folha de Monsteras", no dia 13 de Março de 1886. De 1890 até 1916 Boberg foi editor de um semanário cristão, "Testemunho da Verdade". De 1911 até 1924 foi representante de sua cidade no Parlamento Sueco. Sofreu, porém, um derrame em 1937, que paralisou o seu lado direito, vindo a falecer em 1940.

Naquele dia quente de verão de 1885, Carl Boberg e outros da sua cidade foram a uma reunião que se realizaria a duas milhas ao sul de Monsteras. De volta para casa, desabou uma tempestade; os raios riscaram os céus e os ventos sopraram sobre as plantações. Em apenas uma hora a tempestade cessou e o arco-iris apareceu! Chegando em casa, Boberg abriu a janela e viu o estuário que ficava em frente à sua casa, como se fosse um límpido espelho. Repetiu, então, baixinho, os versos de Nicander: "Bem vinda, ó brilhante tarde; Bem vinda, calma e linda".

Da outra banda do rio ouviu o canto dos pássaros no bosque. Tinha havido um funeral naquela mesma tarde e, de longe, podia ser ouvido o repicar dos sinos, na quietude daquele entardecer. A atmosfera e a beleza da paisagem tocaram a mente poética de Boberg e ali encontrou expressões para escrever o hino que hoje conhecemos come "Quão Grande és Tu".

Em 1891, Boberg, sendo editor de um daqueles periódicos, publicou o seu hino com aquela música.

É interessante notar que já em 1910 este hino havia sido traduzido para o português, pelo ilustre hinólogo Dr. João Gomes da Rocha, tradutor de inúmeros hinos, e foi publicado no hinário "Louvores", em 1938, pelo Centro Brasileiro de Publicidade Ltda. Esta tradução constava de dez estrofes e coro (Se os Hinos Falassem, Vol.1).

Em 1907 apareceu uma versão em alemão, feita por Manfred Von Glehn, residente na Estônia. Mas em 1927, outro pregador russo, Ivan S. Prokhanoff, conhecido como o "Martinho Lutero da Rússia moderna", publicou uma versão em russo, a qual foi incluída no hinário chamado "Kimvale" (Címbalos), uma coleção de hinos traduzidos de várias línguas.

Em 1923, o inglês Stuart Keene Hine, um dos nossos mais dinâmicos e dedicados missionários, deixou a Inglaterra, a sua terra natal e foi com sua esposa anunciar o Evangelho na Ucrânia.

Ali conheceram a versão russa de "Grandioso és Tu", logo que havia sido publicada por Ivan S. Prokhanoff. O Sr Hine e sua esposa não sabiam, ainda, que o mesmo havia sido escrito originalmente em sueco. Eles apenas recordam-se de que o cantavam em dueto em campanhas evangelísticas.

Na pequena vila mais próxima das montanhas, na qual o autor subiu, ali mesmo ele pôs-se em pé na rua, cantou um hino Evangélico e leu, em voz alta, o capítulo três do Evangelho segundo João. Entre os atenciosos ouvintes que se aproximaram estava o mestre-escola (professor primário) daquela vila russa. Naquele momento foi-se formando uma grande tempestade e, não tendo o missionário onde se abrigar, o professor russo, que se tornara amigo, ofereceu-lhe hospedagem.

Como foram inspiradores aqueles "potentes trovões", ecoando através das montanhas! Foram aquelas impressões que deram origem à primeira estrofe do hino em inglês:

Senhor, meu Deus! Quando eu, maravilhado,
Considero as obras feitas por Tua mão,
Vejo as estrelas, ouço o trovão potente,
O Teu poder demonstrado através de todo o universo:
Então minha alma canta a Ti, Senhor,
Quão Grande és Tu! Quão Grande és Tu!

Prosseguindo, o escritor atravessou a montanha fronteiriça com a Roménia, e lá, nas Bukovinas, (a terra das frondosas faias) encontrou alguns crentes. Juntamente com os jovens, passeou "entre as clareiras dos bosques e florestas" e "ouviu os pássaros cantando suavemente sobre as árvores". Como que instintivamente, todos começaram a cantar o hino "Quão Grande és Tu", traduzido por Ivan S. Prokhanoff, acompanhados de bandolins e violões.

Assim, inspirados parcialmente pela letra em russo e parcialmente pela visão de "todas as obras feitas pela Tua mão", as estrofes seguintes foram surgindo, em inglês!

Quando eu vagueio pelas matas e clareiras na floresta,
E ouço pássaros a cantar nas árvores docemente;
Quando olho desde a grandeza da montanha altaneira
Ouço o riacho e sinto a suave brisa:
Então minha alma.....

Contudo, pouquíssimos daqueles habitantes dos Montes Cárpatos, que viram ao seu redor as maravilhosas "obras das Tuas mãos", sabiam algo a respeito da salvação que aquele mesmo Deus grandioso havia providenciado - a grande obra mencionada na terceira estrofe.

Esta foi inspirado pelo seguinte fato:

Enquanto o missionário distribuía folhetos, de vila em vila, numa distância de 120 milhas, deparou com uma notícia surpreendente: "Há um homem que já possui uma Bíblia, a somente 20 milhas daqui", disse alguém. Esta novidade levou o irmão Hine a dirigir-se à humilde casa dum homem chamado Dimitri. A saudação cristã do missionário causou grande surpresa e alegria ao hospedeiro, pois antes, apenas dois outros crentes o haviam visitado, tendo ousado atravessar aquelas montanhas!

E, como foi que Dimitri veio a conhecer a Cristo? É o que vamos ver em seguida:

Dezenove anos antes, os exércitos Czaristas invadiram os Cárpatos e a vila onde Dimitri morava ficava bem no limite. Na pressa em retirar-se, um soldado russo deixou a sua Bíblia para trás. Porém, ninguém, na pequena vila, sabia ler, e, assim, a Bíblia ficou guardada até o dia da visita do Sr. Hine!

A esposa do Sr. Dimitri foi a primeira a aprender a ler e, como uma criança que está aprendendo as primeiras sílabas, começou a soletrar em voz alta para todos os vizinhos admirados, as palavras de João 3.16: "Por- que Deus a- mou o mun - do de tal ma - nei - ra ...".Lentamente, mas com perseverança, ela soletrava em voz alta, a mais maravilhosa história já ouvida, até chegar ao relato da crucificação, Foi aí que as lágrimas começaram a rolar e, homens e mulheres, com os joelhos dobrados, invocaram a Deus em voz alta!

Cerca de 12 pessoas foram realmente convertidas e o irmão Hine chegou justamente naquele momento e pôde ouvir o clamor de todos juntos, cada um expressando (inconscientes da presença dos demais) a sua profunda admiração por verem, pela primeira vez, a revelação do amor de Deus manifestado no Calvário.

Eis o que diz a terceira estrofe (na versão em inglês):

"E quando penso que Deus não poupando a Seu Filho,
Enviou-O para morrer, - mal posso entender
Que sobre a cruz, suportando de bom grado o meu fardo,
Verteu Seu sangue e morreu a fim de tirar o meu pecado"

A quarta estrofe só apareceu após a segunda guerra mundial, durante a qual a casal Hine teve de transferir a sua residência para a Grã Bretanha. No ano de 1948 o país foi superlotado com a entrada de 100.000 refugiados de guerra, acrescidos aos 165.000 poloneses que lá já se encontravam. Quando um crente vindo de um país soviético foi visitá-los e deu-lhes oportunidade de fazer qualquer pergunta, um deles perguntou, expressando o desejo do coração de todos:

"Quando vamos para o lar?"

Que melhor mensagem poderia ser dada àquelas pessoas sem lar, do que a que anuncia Aquele que foi preparar um lugar para os "desabrigados". o lar celestial oferecido a quantos O receberam como Salvador e Senhor? Um russo foi convertido na Inglaterra e estava profundamente pesaroso por não poder dar a alegre notícia à sua esposa. Esta confessara o Senhor, a quem ele, naquela ocasião, não quis receber, e depois disso eles foram separados por causa da guerra, perdendo totalmente o contacto um com o outro. Agora ele anelava pelo dia "quando Cristo vier e levar-me ao lar", onde ela teria a grata surpresa de encontrar a esposo querido.

Esta confessara o Senhor, a Quem ele, naquela ocasião, não quis receber, e depois disso eles foram separados por causa da guerra, perdendo totalmente o contacto um com o outro. Agora ele anelava pelo dia "quando Cristo vier e levar-me ao lar", onde ela teria a grata surpresa de encontrar a esposo querido.

Inspirada por estes fatos, nasceu a quarta estrofe (na versão em inglês):

"Quando Cristo vier com brado de aclamação
E levar-me ao lar - que gozo encherá meu coração!
Então me prostrarei em humilde adoração
E proclamarei: Meu Deus, quão grande és Tu!"
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Versões eu já ouvi diversas, mas isso também não é o mais importante.
O que mais importa é que Deus realmente é Grande, continua sendo GRANDE e o seu poder você pode perceber todo dia na sua vida.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pena



Uma pluma chamada Pena voava livre, leve e solta, navegando pelos ares, como se gravidade não houvesse. Seu colorido exuberante devia todo à ave mãe, da qual tragicamente se desprendera num dia cheio de dor e saudade.

Nesse vai e vem, entre dias de sol e de chuva fraca a torrencial, nada lhe arrancava do peito a imagem da ave mãe. A lembrança dos dias bons que passava grudada no corpo quentinho dela fazia-a ladear abismos, cruzar desertos escaldantes e encarar tormentas. A lembrança da ave-mãe era a razão do viver de Pena. Ela era a luz que dava sentido e rumo ao seu efêmero percurso.

Certo dia, quando fazia o seu vôo matinal, Pena deparou com outra pluma, de cores meio acinzentadas. Antes mesmo de Pena poder aproximar-se dela, ambas foram atingidas por uma tempestade e bombardeadas por pesadas gotas até caírem numa enorme e fedorenta sarjeta.

A outra pluma bufava e esperneava:

- Como é duro ser pluma! – queixava-se. - Preferia ser pedra. Pelo menos não penava tanto. Odeio tudo isso!

Pena muito se espantou com aquela atitude e indagou a colega:

- Mas isso não te traz à lembrança a sua ave mãe que te gerou e cuidou de ti por tanto tempo e quanta falta lhe faz? A saudade às vezes é um santo remédio.

Mas a pluma, nada entendendo, e de cara fechada e magoada, mergulhou de vez no lamaçal para nunca mais...

- Que pena! - pensou Pena – A ave mãe dela deve ter sido um urubu ou ave de rapina, coitada.

Depois que o sol despontou secando-a, Pena sacudiu a poeira e foi novamente levantada pelo vento. Findas mais algumas horas, avistou outra pluma aproximando-se, toda alegre, a rodopiar e dar piruetas acrobáticas pelos ares.

Na verdade o horizonte para onde ela ia estava repleto de nuvens negras amedrontadoras; raios e trovões de dar medo.

Depois de se apresentar, Pena perguntou:

- Estás alegre assim, por quê?

- Por que não estaria? - retrucou ela sem parar de se remexer.

- Ora, não estás vendo aquelas nuvens? É melhor nos abrigarmos em algum lugar seguro. Se não, sua alegria poderá acabar em muita dor.

- Dor? O que é isso? Ah, você se refere àquelas histórias da carochinha que contam para os pequeninos? Isso não passa de balela. Não existe dor, não vês? Vamos, pense positivo e viva a vida!

Antes que Pena pudesse abrir a boca, lá se foi ela, rodopiando pelos ares até desaparecer no horizonte.

Que pena! - Ela pensou mais uma vez e seguiu seu rumo à procura de abrigo.

Passada a tempestade, continuou a navegar e navegar dia após dia. É claro que Pena teve vários outros encontros e situações alegres e felizes; ou duras e amedrontadoras. Mas sempre as aproveitava para não perder a oportunidade de lembrar-se da sua adorada Ave-mãe e falar sobre ela aos outros.

Até que num belo dia, pousou numa lagoa bem mansa. Depois de lembrar pela última vez da ave mãe e agradecê-la, finalmente afundou.

Que pena!

Não de Pena, pois esta finalmente estava em paz, na Terra de Quem criou a Ave-mãe e assim, a ele. A pena é pela história, que chegou ao fim.

Quem olha assim para Pena e seu trajeto, só pode concluir: Valeu a pena, ah, valeu!
Autor e fonte:http://radioabed.blogspot.com
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